No verão amazônico, que compreende os meses de julho a outubro, ocorre a redução no volume de chuva na região
A Defesa Civil do Estado do Amazonas vem monitorando o período de vazante nas calhas dos rios com o início do verão amazônico nos meses de julho, agosto e outubro. Atualmente os rios estão em ritmo de vazante em todas as calhas monitoradas, compreendendo 10 municípios com status de Atenção, principalmente concentrados na Bacia do Juruá e Madeira.
A redução do volume de precipitação de chuva, principalmente nas cabeceiras dos rios resulta no recuo do nível dos rios, iniciando assim o processo natural de vazante.
A situação da vazante, de acordo com o monitoramento da Defesa Civil nas calhas dos rios é a seguinte :
Bacia do Juruá: Em Guajará e Itamarati estão em processo regular de vazante com níveis baixos para o período.
Bacia do Rio Negro: Em São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, os níveis do rio se mantiveram sem alteração na última semana, indicando possível fim do processo de enchente na região. Em Barcelos, o nível do rio superou a máxima histórica, mas apresenta redução. Em Manaus, o rio está em processo de vazante, com nível de redução da ordem de 3 cm por dia.
Bacia do Rio Solimões: Em Tabatinga, o Rio Solimões apresenta processo regular de vazante. Nas outras estações monitoradas, o rio apresenta uma redução de nível, confirmando o início de processo de vazante ao longo da calha.
Bacia do rio Purus: Em Rio Branco(AC), o nível do rio Acre apresenta níveis considerados baixos para o atual período do ano. Em Beruri, o rio se encontra em princípio de vazante.
Bacia do rio Madeira: Em Humaitá, o rio Madeira segue em processo regular de vazante, com níveis baixos para o período.
Bacia do rio Amazonas: As estações monitoradas da calha principal do Amazonas apresentaram pequenas reduções de nível nas últimas semanas, indicando princípio do processo de vazante na região
As perspectivas, principalmente para Juruá e Madeira são de um processo de estiagem acentuado, visto que já apresentam níveis baixos nesse período e seus picos concentram-se historicamente entre setembro e outubro.
EMERGÊNCIA
A inundação de 2021/2022 culminou na decretação de situação de Emergência em 51 municípios do estado do Amazonas, o que provocou a ocorrência de danos humanos e ambientais e consequentemente prejuízos econômicos e materiais para a população das áreas atingidas. Aproximadamente 575.870 pessoas (37.879 pessoas a mais do que em 2021) e 143.968 famílias (9.467 famílias a mais do que em 2021) foram afetadas pela subida do nível dos rios neste ano.
A Defesa Civil por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) acompanha diariamente a situação meteorológica e hidrológica do estado. Esses serviços, em colaboração com institutos, agências e centros de monitoramento, subsidiam e amparam as ações de planejamento e tomadas de decisões que serão fornecidas aos 62 municípios.
Documentos como pareceres técnicos, informativos, avisos e alertas são disponibilizados regularmente para as Coordenadorias/Secretarias de Defesa Civil Municipais do Estado do Amazonas, com o objetivo de otimizar a gestão de risco (prevenção, mitigação e preparação) e o gerenciamento de desastre (resposta e recuperação) para evitar potenciais situações de calamidade, e minimizar impactos junto à população.