A primeira feira de comercialização do pirarucu oriundo do manejo sustentável de indígenas de Uarini garantiu renda sustentável aos produtores do município e de Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Fonte Boa e Careiro da Várzea – FOTOS: Denison Alves/FEI

Com o tema “Pirá Puranga”, que significa “Peixe Bom” na língua Nheengatu (derivado da língua tupi-guarani), a 1ª Feira do Pescado Indígena se encerrou no domingo (20/12) com um volume de cerca de 20 toneladas de pirarucu comercializadas. A feira, realizada pela Fundação Estadual do Índio (FEI), ocorreu no estacionamento do Estádio Carlos Zamith, bairro Coroado, zona leste.

O diretor-presidente da FEI, Edivaldo Munduruku, avaliou como positiva a comercialização do pescado manejado pelos indígenas do município de Uarini (distante 565 quilômetros de Manaus) para a população manauara.

“Nossas expectativas foram alcançadas, ficamos surpresos com a busca pelo pescado, e isso só nos estimula a trabalhar ainda mais pelos parentes que estão lá no interior. Em suma, a feira foi um sucesso, e agora iremos trabalhar para que aconteça todos os anos ampliando o número de regiões e pescadores do Amazonas”, relatou o diretor.

A primeira feira de comercialização do pirarucu oriundo do manejo sustentável de indígenas de Uarini garantiu renda sustentável não só aos produtores daquele município, como também de Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Fonte Boa e Careiro da Várzea, presentes na Feira. O evento finalizou às 13h, com todos os produtos vendidos, e expositores e compradores fizeram questão de expor o contentamento com a Feira.

“Para mim foi além do esperado. Não esperava que fossemos vender tudo nesses três dias”, disse a produtora rural Ana Mura, da aldeia Jaçanã de Itacoatiara. “Só tenho a agradecer ao Governo do Estado, que, por meio da FEI, nos proporcionou esse espaço de exposição dos nossos produtos”.

Para a empresária Silvia Alfaia, a feira é importante porque gera renda para as famílias indígenas do interior, de modo que todos saem ganhando.

“Essa feira é muito importante tanto para nós quanto para os indígenas. O preço é superacessível, e todos se beneficiam com essas vendas. É um incentivo, uma oportunidade para esses povos exporem seus produtos não só aqui, mas nas pequenas cidades do interior”, disse.

A Feira contou com o apoio da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc), Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-AM). Nos três dias de evento, a FEI disponibilizou máscaras e álcool em gel, seguindo assim as orientações sanitárias de prevenção à Covid-19.