A capacitação beneficia 28 famílias que demonstraram interesse em aprender a técnica para implementação em suas propriedades
No município de Tonantins (a 865 quilômetros de Manaus), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), por meio da Unidade Local (Unloc), realizou o curso de capacitação ‘Meliponicultura: Criação de Abelhas Sem Ferrão’ para 28 agricultores familiares.
“O manejo correto de abelhas sem ferrão oferece uma série de benefícios como a produção do mel e seus derivados, pólen e própolis. Os agricultores passam a enxergar os insetos como aliados importantes na geração de renda e melhoria na qualidade de vida. A prática se torna sustentável para a conservação do meio ambiente, pois elas são as grandes responsáveis pelas polinização de árvores nativas”, explicou o gerente da Unloc, Dirley Mendes.
Na programação do curso, realizado entre os dias 13 e 15 de junho, foram abordados os conceitos básicos da meliponicultura, processo de regularização ambiental, identificação das espécies, entre outros, e foram realizadas oficinas de construção de caixas-iscas, extração de mel e boas práticas sanitárias.
“A maioria dos produtores que participaram da capacitação foram conhecer a técnica de manejo da abelha sem ferrão e implantar dentro de sua propriedade, visto que muitos deles ainda utilizam o manejo tradicional (troncos ou cortiços) e em outros foi despertado o desejo de iniciar um meliponário.
A prática do curso foi realizada na propriedade do produtor Rainerio Calmont, o qual possui um meliponário instalado. Nele fizemos também a correção das estruturas das caixas racionais” relatou.
O curso foi ministrado pelo técnico em agropecuária do Idam, Gustavo Mesquita, que destacou a importância da meliponicultura para o bioma amazônico e para melhorar a renda do produtor rural.
“No primeiro dia fizemos a parte teórica, falando sobre o manejo, boas práticas e parte de legalização da meliponicultura. No segundo dia tivemos uma oficina de construção de caixas racionais com os produtores. No terceiro dia realizamos aula prática de divisão, transferência, fabricação de alimentação artificial e confecção de caixas-iscas, informações imprescindíveis para quem vai atuar na meliponicultura”, disse o instrutor.