A Feira estará aberta até domingo (02/07)
Artesanato indígena chega à terra dos bois-bumbás Caprichoso e Garantido. A Fundação Estadual do Índio (FEI) realiza a III Feira de Artesanato Indígena no município de Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus), até domingo (02/07), na Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade.
A iniciativa acontece durante o 56º Festival Folclórico de Parintins e conta com a participação de indígenas oriundos dos municípios de Manaus, Parintins, Nhamundá, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Rio Preto da Eva e Barreirinha.
A feira pretende alcançar o público que visita Parintins neste período, principalmente, os torcedores dos bois Caprichoso e Garantido interessados em produção artesanal 100% originária, gerando renda para os artistas indígenas do estado.
Em 54 estandes, artesãos de 15 etnias estão vendendo seus produtos: Baniwa, Baré, Hexkaryana, Kaxuyana, Kokama, Marubo, Munduruku, Mura, Parintintin, Sateré-Mawé, Tenharim, Tikuna, Tukano, Waiwai e Witoto.
A variedade presente nas peças de artesanato vai desde adereços; roupas; objetos de decoração; pinturas corporais, bebidas e produtos naturais.
O técnico da Fundação Estadual do Índio, Ricardo Peguete, compartilha a ambiciosa estrutura em torno da Feira.
“Estamos organizando nossa terceira feira de artesanato indígena e ela tem forte influência da cênica construída no Festival, afinal as identidades indígenas têm uma intrínseca relação com o evento”, disse Peguete.
O diretor administrativo-financeiro da FEI, Vanderlei Alvino, reforça o valor transformador em incentivar o empreendedorismo indígena.
“Nossos parentes precisam estar inseridos nos espaços de consumo de artesanato do estado, estar em Parintins é uma grande vitrine para os indígenas empreendedores”, ressaltou Alvino.
O diretor-presidente da FEI, Sinésio Trovão, compreende a Feira como uma ferramenta de etnodesenvolvimento visando impulsionar a geração de renda de famílias indígenas.
“O Governo do Estado, por meio da FEI, busca com a feira gerar renda para os nossos parentes, que precisam de oportunidades para mostrarem seus talentos em produtos 100% originários, que possuem a histórias dos nossos povos passados de geração a geração”, pontuou Trovão.