Adaf e Adepará firmam Termo de Cooperação para conter e erradicar a praga

FOTOS: Divulgação/ Adaf

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), José Omena, e o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Jamir Júnior Paraguassu Macedo, assinaram, ontem (11/07), em Belém, termo de cooperação técnica com objetivo de desenvolver atividades de defesa agropecuária em conjunto, como fiscalização, educação sanitária e vigilância. Um dos principais desafios é impedir que o foco de monilíase que surgiu no Alto Solimões se espalhe pelo Amazonas e chegue ao Pará, um dos grandes produtores de cacau do Brasil.

A monilíase é uma praga quarentenária que ataca frutos de cacau e cupuaçu, podendo causar perda total da produção. No ano passado, um foco da praga foi identificado no Alto Solimões. Atualmente, a Adaf, sob a coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desenvolve ações de contenção e erradicação dos focos nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, no Alto Solimões. Tais ações contam com apoio das Forças Armadas, prefeituras municipais, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Instituoo Federal do Amazonas (Ifam), Fundação Nacional do Índio (Funai) e outras instituições.

O termo de cooperação, que tem vigência de quatro anos, deve ser publicado nos diários oficiais do Pará e do Amazonas nos próximos dias. O diretor-presidente da Adaf, José Omena, explica que, a partir do documento, Adaf e Adepará poderão, conjuntamente, intensificar a vigilância agropecuária em municípios próximos da fronteira entre os dois Estados, como Terra Santa e Juruti, no Pará; e Nhamundá e Parintins, no Amazonas. O objetivo é impedir o trânsito de frutos hospedeiros oriundos do Amazonas para cidades do Estado vizinho.

A preocupação do Pará com a monilíase se deve ao fato de que eventual chegada da praga causaria perdas estimadas em R$ 1 bilhão por ano à economia estadual. De acordo com o diretor da Adepará, Jamir Macedo, mais de 30 mil pessoas trabalham na cultura do cacau no Pará, de modo que o impacto social da praga seria devastador. Diante da situação, uma carta será redigida em conjunto por autoridades do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia, enfatizando os riscos da praga, e solicitando a liberação de mais recursos federais para fazer frente à emergência fitossanitária.

“Estamos trabalhando em conjunto para conter e erradicar esta praga que pode trazer enormes prejuízos ao País. Não estamos medindo esforços e, com apoio de todas as instituições parceiras, teremos sucesso”, disse Omena.