As operações policiais realizadas pela Base Fluvial Arpão no Rio Solimões causaram prejuízo estimado em mais de R$ 6,4 milhões ao crime no Amazonas. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e se referem ao saldo de trabalho dos últimos 26 dias de fevereiro. No período, 468 embarcações que navegavam pela área foram vistoriadas, resultando na apreensão de 220 quilos de entorpecentes e na prisão de 40 pessoas envolvidas em diversos ilícitos.
Implantada em agosto de 2020, a Base Arpão vem sufocando a rota do tráfico de drogas na região e combate crimes ambientais e a pirataria na conhecida Rota do Solimões. Criada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), a estrutura fica instalada em Coari (a 363 quilômetros de Manaus).
Entre 24 de janeiro e 19 de fevereiro, as equipes policiais conseguiram tirar 220 quilos de drogas, entre cocaína e maconha, e 19 armas de fogo das mãos de pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Também houve a apreensão de mais de R$ 172 mil em dinheiro vivo.
O saldo de ações contra crimes ambientais também foi positivo. Nesse mês, foram apreendidas mais de 20 toneladas de pescado ilegal, 176 mil litros de combustíveis e 22,2 mil botijas de gás em situação irregular.
Combate a piratas
Seis membros de uma quadrilha de “piratas do rio” foram presos, em fevereiro. A última prisão ocorreu na tarde de sábado (13/02), quando o líder do bando criminoso foi localizado pela polícia com quase 140 quilos de drogas e quatro armas de fogo.
Segundo as equipes policiais da Base Fluvial Arpão, Roney Queiroz de Jesus, o “Chupa”, 37, é suspeito de liderar a quadrilha que praticava roubo nos rios e tráfico de drogas.
A quadrilha que ele faz parte atua de Coari até os municípios de Japurá e Jutaí, sendo responsável por tráfico de drogas e diversos outros crimes, ao longo dos rios desses três municípios.
A prisão de Roney ocorreu no bairro do Pera 3, em Coari, após denúncias recebidas pelos policiais de que o suspeito estava com uma grande quantidade de armas e drogas. Ele já tem outras passagens policiais pelo mesmo crime.
Operações em Base Fluvial
Coordenada pela SSP-AM, a base fluvial tem atuação integrada de efetivos das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), Polícia Federal, Força Nacional, Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A ação ocorre em conjunto com a Operação “Hórus”, um dos eixos do Programa Nacional de Segurança de Fronteiras e Divisas (Vigia), do Ministério da Justiça. Denúncias podem ser feitas ao 181, o disque-denúncia da SSP. O serviço é gratuito e disponível para todo o estado.