A SECOM
Durante a campanha, foram lançados cadernos pedagógicos e realizados debates e rodas de conversa sobre Educação Especial
O encerramento da 16ª Semana da Pessoa Com Deficiência aconteceu, na noite de sexta-feira (25/08), com muita música, dança e cultura que reuniu os alunos das escolas especializadas da rede estadual. Foi na Praça da Polícia, no Centro de Manaus, que mais de 50 estudantes se apresentaram para professores, pedagogos, familiares e público em geral, com performances de carimbó, boi-bumbá, MPB e outros gêneros.
O evento, que foi aberto à população, teve também a participação de representantes da Escola Estadual (EE) de Atendimento Específico Mayara Redman Abdel Aziz, do Instituto Filippo Smaldone e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A Mostra Cultural, desenvolvida pela Gerência de Atendimento Educacional Especial (Gaee), da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, marcou uma semana cheia de atividades, com lançamentos de cadernos pedagógicos, rodas de conversa e exposições de materiais adaptados. As ações alcançaram unidades de ensino tanto na capital, como no interior.
“Encerramos com chave de ouro nossa semana. Com muitos debates, aprendizados, arte e cultura. Tivemos a participação de representantes do estado inteiro. Nosso planejamento é continuar com esse contato, aproximar quem trabalha com Educação Especial”, ressaltou a professora e gerente da Gaee, Hellen Prata.
Dentre as apresentações, com música e dança, os alunos performaram vários gêneros musicais, como o carimbó, o boi-bumbá, a MPB e outros. Francineide da Silva, 18, aluna da EE de Atendimento Específico Mayara Redman Abdel Aziz, cantou música gospel e disse que ainda sente nervosismo ao se apresentar.
“Comecei a cantar ainda criança, na minha igreja. Depois, descobri que eu tinha a habilidade do ouvido absoluto, que me faz identificar os sons com precisão. Tomei gosto pela música e, hoje, canto e toco teclado, mas ainda fico muito nervosa quando subo no palco”, compartilhou Francineide, que é uma estudante com deficiência visual.
Novos materiais pedagógicos
Foram lançados, nesta semana, sete livros de uma coletânea de 12 exemplares que falam sobre legislações para pessoas com deficiência, especificidades de cada síndrome e caminhos educacionais para alunos, professores, pedagogos e gestores. O objetivo é esclarecer dúvidas e aumentar a literatura sobre o tema.
Já nas exposições dos materiais adaptados, coordenadorias regionais e distritais apresentaram produções de suas respectivas escolas. Os materiais trabalham as disciplinas regulares por meio de experiências sensoriais específicas, tornando o processo mais inclusivo aos alunos com deficiência.
Os vencedores da 3ª Mostra de Materiais Adaptados para a Educação Especial, na capital, saíram das escolas estaduais Ana Lúcia Moraes, Professora Lenina Ferraro e Roberto dos Santos Vieira, com os seguintes trabalhos: “Corrida das Sílabas”, “Prancha Alternativa” e “Caderno de Comunicação Alternativa”, respectivamente.
Nos municípios do interior, os vencedores vieram das escolas estaduais Dom Gino Malvestio (Parintins), Marçal Girão (Careiro Castanho) e José Elno Ferreira de Souza (Guajará). Os trabalhos exitosos abordaram, respectivamente, as seguintes temáticas: “Maquete do Corpo Humano”, “Silabário” e “Tapete Numérico”.
“Produzimos nessa semana documentos orientadores fundamentais, para que possamos trazer, com mais afinco, a inclusão para dentro da rede estadual. São formas, fluxos que podemos seguir para que, nas escolas, na sala de aula, o aluno possa ter sua escolarização”, destacou a gestora da EE de Atendimento Específico Mayara Redman Abdel Aziz, Adriana Magalhães.
Educação Especial
A rede estadual de ensino possui quatro escolas especializadas no atendimento aos alunos com deficiência. Nas unidades das Escolas Estaduais (EE) Augusto Carneiro, Diofanto Vieira Monteiro, Manoel Marçal de Araújo e Joanna Rodrigues Vieira, mais de 520 alunos são beneficiados. No total, em todas as escolas da rede estadual, a Educação Especial da rede estadual possui mais de 7,1 mil discentes com deficiência inclusos no ensino regular.
