Lista de contemplados está disponível no site da Fetam

Foto: Divulgação

A Federação de Teatro do Amazonas (Fetam) divulgou os espetáculos selecionados para a 17ª edição do Festival de Teatro da Amazônia (FTA), que acontece de 7 a 15 de outubro. A lista de contemplados está disponível em fetam.com.br.

Foram selecionadas 15 produções na mostra Jurupari e 10 na mostra não competitiva Ednelza Sahdo. Neste ano, o FTA recebeu, no total, 216 inscrições para espetáculos, nas duas categorias.  

“O Festival de Teatro da Amazônia está na 17ª edição com uma adesão cada vez mais crescente, o que pode ser comprovado pelo número expressivo de inscritos para os espetáculos”, afirma Marcos Apolo Muniz, secretário de Cultura e Economia Criativa.

Marcos Apolo destaca que o evento está consolidado como o maior festival da região Norte do Brasil.

“É um evento que fomenta o movimento cultural, promove as artes cênicas no estado e, por meio das ações formativas, proporciona a troca de conhecimentos entre os artistas dos estados da Amazônia Legal e de outras regiões do País”, comenta o titular da pasta.

Espetáculos

Na mostra Jurupari foram contemplados “Caê”, de Santa Catarina; “O Arquipélago”, do Paraná; “Bertoldo, Estudo 1: O Tubarão que Queria Ser Gente”, do Amazonas; “Violento”, de Minas Gerais; “4,5,4,3…Um Passo Por Vez”, de São Paulo; “O Fabuloso Encontro dos Palhaços Piolin e Benjamim”, de São Paulo; “Desajustada”, de Santa Catarina; “São Jorge e o Dragão”, do Amazonas; “Sacarose”, de São Paulo; “A Mulher Monstro”, do Rio Grande do Norte; “A Maravilhosa História do Sapo Tarô Beque”, do Amazonas; “Cabaré Chinelo”, do Amazonas; “Cordel do Amor Sem Fim”, de Roraima; “O Bode Quer”, do Ceará; e “Ainda Aqui”, do Rio de Janeiro.

Na mostra não competitiva Ednelza Sahdo estão “Vida Seca”, de Santa Catarina; “Contestados”, de Santa Catarina; “A Andarilha”, de São Paulo; “Desassossego”, do Amazonas; “Mar Acá”, de Roraima; “Andança da Morte e Dumzé”, de São Paulo; “O Homem da Cabeça de Papelão”, do Amazonas; “Hamlet Cancelado”, de São Paulo; “Exemplos de Bastião”, do Distrito Federal; e “Chica Fulô de Mandacaru”, do Amapá.

Os projetos foram analisados pela comissão de seleção, conforme os critérios de qualidade artística, técnica e estética; concepção do espetáculo; currículo ou portfólio do proponente; e originalidade da encenação. A comissão é formada por um representante da diretoria no processo curatorial, um servidor da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e um representante federado adimplente, sem participação em espetáculos.

“É importante para o teatro brasileiro ter um festival amazônico, para propiciar um encontro entre diversas dramaturgias, no sentido mais amplo, dramaturgia textual, corporal e cultural”, pontua Karla Martins, artista do Acre que compõe a curadoria do FTA. “O Brasil necessita desses encontros para ampliar a verdadeira ‘fotografia’ da cultura brasileira, onde o olhar se decoloniza, ao se reconhecer na diversidade da existência”.

Wlad Lima, integrante da curadoria, reforça que o tempo presente exige posicionamento político do teatro contra os racismos, discriminações e fobias socioculturais.

“O Teatro da Amazônia está vivo, vivíssimo por esforço próprio e a despeito de toda alienação infligida a nós pelos dispositivos culturais existentes”, define o curador que representa o Pará.

Para Márcio Braz, integrante do Amazonas na curadoria, o evento é lugar-território dos muitos saberes e fazeres da cena brasileira reunida na região.

“Mais um Festival de Teatro da Amazônia, que seja uma festa, de amor e democracia, luzes e poéticas”, destaca o artista.

Ações formativas

Foram selecionadas ainda as oficinas “Mulheres da Cultura – Do Projeto à Captação”, de Rafaela Guimarães; e “Oficina de Teatro Lambe”, de Gislaine Pozzeti.

Em “Mulheres da Cultura – Do Projeto”, Rafaela Guimarães vai oferecer aulas expositivas com base em três eixos: a produção cultural como mercado ativo na cidade de Manaus; formalização e legalização de um empreendimento cultural; e do Projeto, chamamentos e captação de recursos.

Já Gislaine Pozzeti traz como proposta a linguagem do teatro lambe-lambe para popularização e a ampliação de multiplicadores no Amazonas. O conteúdo da oficina conta com conceito e natureza do Teatro Lambe-lambe para o desenvolvimento de processos artísticos de casas de espetáculos: origem do teatro lambe-lambe, técnicas, casa de espetáculos, elementos cênicos, dramaturgia e materiais.

Equipe de apoio

A Fetam divulgou também o resultado do chamamento para a equipe de apoio durante o festival. Entre os selecionados estão Anna Carolina Angelo, Ana Carol Souza, Jordânia Damasceno, Valderes Souza, Bárbara Passos, Willas Rodrigues, Sissy Mendes, Carol Calderaro, Leilane Batista, Vitor Lima, Ariel Kuma, Mariana Silva e Cairo Vasconcelos.  

Festival

Além dos espetáculos contemplados, cinco obras convidadas vão compor a programação do FTA, além de concurso de dramaturgia, rodas de conversa, oficinas, vivências na periferia e projeto de mediação.  

As atividades vão acontecer em espaços como Teatro da Instalação, Teatro Amazonas, Gebes Medeiros, Buia Teatro, Largo de São Sebastião, Centro Cultural Barravento, Escola Superior de Artes e Turismo (Esat), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA); e Casarão de Ideias.

O evento é apresentado pelo Governo Federal por meio do Ministério da Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o apoio das empresas Nubank, WEG e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. A organização tem assinatura da Federação de Teatro do Amazonas.