A “Feira Consciência” viabilizou iniciativas voltadas às ciências sociais, ao meio ambiente, à saúde e ao bem-estar

FOTOS: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Mais de 850 alunos do Ensino Fundamental, da Escola Estadual (EE) Getúlio Vargas, zona sul, participaram, nesta sexta-feira (17/11),  da primeira edição da “Feira Consciência”, que reuniu trabalhos pedagógicos desenvolvidos pelos estudantes durante todo o ano letivo. Com exposições de trabalhos vinculados ao Programa Ciência na Escola (PCE), os temas foram desde a valorização da cultura indígena, produção de materiais adaptados para a Sala de Recurso, pinturas de quadros artísticos, até a plataforma “FitSchool”. 

Localizada no bairro São Francisco, zona sul de Manaus, a EE Getúlio Vargas atende a 14 turmas, de 1º  ao 9º  ano do Ensino Fundamental, e busca promover o incentivo à iniciação científica aos estudantes. E foi dessa maneira que a professora Marta de Oliveira decidiu relacionar, dentro de sala de aula, os assuntos referentes à formação do povo brasileiro, incluso na Base Nacional Comum Curricular (BNCC),  com o seu projeto de pesquisa. Com isso, nasceu a iniciativa aprovada pelo PCE, conhecida como “Cultura Indígena: valorizando nossa origem e fortalecendo nossa identidade”.  

“Quando apresentei o tema para eles (alunos do 5º ano), todos ficaram na expectativa. Ficavam perguntando se tinham alguma descendência indígena, africana ou dos outros povos que estudamos. Depois de conversarmos sobre nossos povos originários, começamos a desenvolver atividades mais específicas, abordando a cultura, as vestimentas, os utensílios, os rituais. Eles foram realmente sensibilizados. Aconteceu uma conscientização durante esse processo”, destacou a professora.

Plantando conhecimento

Ainda focado nos alunos do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano), outra iniciativa do colégio, também vinculada ao PCE, é a horta escolar, desenvolvida pelo professor Gilmar Prata e seus alunos. A partir da construção de um sistema automatizado de irrigação, os discentes realizam os cultivos, que também são utilizados na merenda escolar da unidade de ensino. Entre as hortaliças semeadas pelo grupo, estão a couve, a cebolinha, o quiabo, o alface, entre outros itens. 

“Nós observamos a necessidade de trazer informações sobre alimentação saudável para os alunos, e o projeto nasceu disso. Então, criamos a horta. Também trabalhamos para que esses estudantes levem o conhecimento para dentro de casa, enriquecendo a alimentação nos lares deles”, ressaltou o professor.

Saúde e bem-estar 

Com o objetivo de promover a saúde física dos alunos da EE Getúlio Vargas, outro projeto exposto na Feira Consciência foi o “FitsSchool”, uma tecnologia de monitoramento de bem-estar e desempenho esportivo, desenvolvido pelas estudantes Ândria Silva, Fernanda Alencar e Sofia Figueiredo, do 9º do Ensino Fundamental. O projeto, que tem orientação do professor de Educação Física Thiago Souza, acabou premiado com o 3º lugar na II Feira de Ciências, Tecnologia e Inovação em Atividade Física e Saúde, que ocorreu no último mês de outubro, em Garopaba (SC). 

“No futuro, com os resultados que obtivemos a partir da avaliação de mais de 1 mil alunos, desde o início do projeto, o objetivo é desenvolver um boletim de Educação Física, para que os professores, pais ou responsáveis utilizem os dados que colhemos”, compartilhou Thiago.

A experiência no Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde (CBAFS) é fruto das avaliações físicas desenvolvidas pelas estudantes, como explicou a aluna Sofia Figueiredo, de 14 anos. 

“Temos as classificações que definem se há risco à saúde dos nossos colegas, testes de performances atléticas, com arremesso, salto, agilidade. Também aplicamos testes de dimensões corporais, com informações sobre altura, envergadura e peso dos nossos colegas. Com esses dados, conseguimos montar um diagnóstico, pensando na nossa qualidade de vida”, destacou Sofia. 

Outras atividades foram expostas na 1ª Feira Consciência, como o “Pião Silábico”, bem como as pinturas artísticas dos alunos. As atividades possibilitam a inclusão de alunos com deficiência, por meio da Sala de Recursos da unidade, e também a expressão pessoal dos alunos, com pinturas individuais, baseadas em temas livres.