Jornada do Laboratório dos Sonhos inicia no dia 2 de março e segue até o dia 5 de maio

Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Alunos da Escola Estadual Gilberto Mestrinho, localizada no bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona leste de Manaus, estão participando de um projeto inédito no Brasil, promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Intitulado “Laboratório dos Sonhos”, o programa já realizou a primeira etapa, o “Dia D” para as inscrições dos alunos. Já as atividades iniciam nos dias 2 e 3 de março, no Centro de Convenções do Studio 5, zona sul.

Com a parceria da Secretaria do Estado de Educação e Desporto Escolar e da Fundação Rede Amazônica, o programa chega pela primeira vez ao Brasil voltado para jovens de 14 a 29 anos, que morem no bairro Colônia Antônio Aleixo.

O projeto “Laboratório dos Sonhos” busca oportunizar o aprimoramento pessoal e comunitário de jovens e adolescentes, além de motivar a criação de soluções inovadoras para os desafios enfrentados nos bairros e comunidades deles, por meio do desenvolvimento de habilidades digitais e elaboração de projetos aplicados de forma rentável e sustentável.

Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

A diretora da Escola Gilberto Mestrinho, Sabrina Dorval, falou sobre a escolha da escola para fazer parte deste projeto e destacou que a participação dos estudantes aumentará a autonomia, poder de participação e de mudança na comunidade em que estão inseridos.

“O lindo deste projeto é que ele oferece a autonomia aos nossos alunos e jovens da comunidade, levando em consideração que eles estão verificando a problemática que temos no bairro e as possíveis soluções. Eles têm essa capacidade e essa visão, porque eles conhecem o que temos aqui”, explicou a diretora.

Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Mobilização Jovem

Louise Felizardo, 15 anos, estudante da 1ª série do Ensino Médio, já fez parte de ações comunicadoras voltadas para adolescentes como mobilizadora jovem, ao participar do Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca), que possui o selo da Unicef.

Já inscrita no “Laboratório dos Sonhos”, Louise afirmou que o projeto vai acrescentar muito na vida dela, tanto na questão de conhecer novas pessoas, quanto para o autoconhecimento, como mobilizadora jovem e estudante residente no bairro Colônia Antônio Aleixo.

“Por meio dessa jornada, poderemos dar voz aos adolescentes. Tem muito aquele estigma sobre os jovens, nós estamos aqui para contrariar e mostrar sim que temos uma opinião, podemos argumentar e contribuir para a formação de uma comunidade melhor”, disse a estudante.

Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

A Jornada de Inovação

A maratona da Jornada nos dias 2 e 3 de março se inicia pela manhã. O ônibus irá transportar todos os estudantes da Escola Gilberto Mestrinho para o Studio 5 onde eles receberão kits padronizados.

A partir daí, os alunos da EE Gilberto Mestrinho se reunirão com representantes de diversas regiões do Brasil para pensar em projetos de forma técnica, prática e intercultural que possam colaborar com o crescimento da comunidade Colônia Antônio Aleixo.

“Dia D”

Os alunos participaram de um “Dia D” de atividades, quando realizaram as inscrições no programa. A ação contou com a presença da secretária adjunta da Capital, da Secretaria de Educação, Edilene Pinheiro; a coordenadora da Coordenadoria Distrital de Educação 5 (CDE 5), Francisca Lima, a diretora escolar da EE Gilberto Mestrinho, Sabrina Dorval; professores e estudantes da 1ª a 3ª série do Ensino Médio, além de representantes da Unicef e da Fundação Rede Amazônica.

Representante da Unicef e coordenadora responsável pela implementação do projeto, Rayane França, explicou que entre março e maio, os estudantes contarão com mentorias de formação sobre liderança jovem, meio ambiente e sustentabilidade, elaboração e gestão de projetos, entre outros.

“Essa jornada vem para a gente fomentar a criatividade e a inovação a partir do desenvolvimento de habilidades e competências, focadas principalmente em como estes adolescentes podem pensar em suas próprias tecnologias sociais de acordo com suas realidades”, compartilhou a coordenadora.