Governo do Amazonas realizou pagamento de indenização para 207 famílias que moram nas comunidades da Sharp e Manaus 2000

Foto: Alex Pazuello e Arthur Castro/Secom

“A gente vai comprar uma casa, claro, que não seja na área de risco, longe dali”, é o que descreve a industriária Jenifer Pâmela, de 23 anos, ao receber indenização para deixar a Comunidade da Sharp. A jovem foi uma das 207 pessoas reassentadas pelo Governo do Amazonas, por meio do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), parte do programa habitacional Amazonas Meu Lar, na terça-feira (02/04).

Por meio do programa de habitação, a jovem viu uma chance de construir um futuro mais seguro e estável, longe dos perigos e incertezas da área de risco em que cresceu. “Isso vai melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, inclusive a minha e dos meus irmãos. A expectativa é a melhora na nossa qualidade de vida”, afirmou Jenifer.

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Os pagamentos aconteceram no Centro de Convenções Vasco Vasques, zona centro-sul, com a liberação do governador Wilson Lima. As famílias contempladas no processo de reassentamento estão cadastradas desde 2020, quando iniciaram os trabalhos nas áreas.

O Prosamin+ é executado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), dentro da Sedurb. As obras estão em execução no trecho do Igarapé do Quarenta entre a avenida Manaus 2000, bairro Japiim, e a Comunidade da Sharp, bairro Armando Mendes, de onde serão reassentadas, no total, mais de 2,7 mil famílias.

Recomeço

O reassentamento representa uma oportunidade de recomeço para as famílias que vivem em áreas de risco, onde a chuva é uma constante ameaça. As soluções do programa abrangem auxílio moradia, bônus moradia, bolsa moradia transitória ou indenização. Agora, o Estado já contabiliza 1.214 famílias reassentadas. Para dona Raimunda Martins, moradora há cinco anos da comunidade da Sharp, o valor da indenização representa a oportunidade de recomeçar a vida.

Foto: Alex Pazuello e Arthur Castro/Secom

“Ali nós já sofremos muito mesmo. E agora eu estou feliz, porque a gente já está saindo. Eu vou comprar um terreno para construir uma casinha dentro. E viver bem, com a minha família”, disse a moradora da Sharp.

A história não é diferente da empregada doméstica Sandra Pereira, que passou os últimos quatro anos morando na comunidade Manaus 2000, com marido e o filho. A segurança de deixar para trás um local vulnerável trouxe sensação de alívio para ela e sua família.

“Tudo alagava, molhava nossas coisas, perdemos geladeira, fogão, cama. Não tinha nem lugar para a gente dormir direito. Eu pretendo uma melhora para a minha vida da minha família. Comprar um terreno para construir uma casa, uma coisa melhor”, comentou a doméstica.

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Amazonas Meu Lar

Lançado pelo governo Wilson Lima, em 2023, e estimado em R$ 4,7 bilhões, o programa Amazonas Meu Lar prevê 24 mil soluções definitivas de moradia para a população de baixa renda, sendo 22 mil novas unidades habitacionais e a regularização de 33 mil imóveis.

Além do reassentamento de mais de 1,2 mil famílias das comunidades da Sharp e Manaus 2000, já foram entregues mais de 1,6 mil títulos definitivos na capital e interior; e regularizou mais de 13 mil unidades habitacionais, um terço da meta estabelecida para quatro anos.

O programa também garantiu condições de moradia para 4 mil pessoas com a desapropriação da área da Comunidade Paschoal Allágio, em Parintins (a 369 quilômetros da capital), onde o Governo do Amazonas trabalha para entregar infraestrutura digna.

Até 2027, o Governo do Estado pretende repassar R$ 446 milhões ao banco, permitindo com que cerca de 13 mil famílias tenham acesso à moradia por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, com o subsídio do Amazonas Meu Lar.

Foto: Alex Pazuello e Arthur Castro/Secom