Atividade faz parte das ações da campanha Maio Laranja, de combate à exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes

Foto: Marcos Vasconcelos/Seas

Uma plateia formada por pais, avôs e responsáveis por crianças e adolescentes participaram, na manhã desta quinta-feira (16/05), de uma palestra com o tema: “Abuso Sexual e a Exploração de Crianças e Adolescentes”, dirigida pelo Conselho Tutelar da Zona Centro-Oeste de Manaus. A ação foi realizada no Centro Estadual de Convivência da Família e Idoso Maria de Miranda Leão, situado no bairro Alvorada, como parte da campanha Maio Laranja.

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), aderiu à campanha nacional do 18 de Maio, há vários anos, objetivando mobilizar a sociedade brasileira para o engajamento contra a violação dos direitos de crianças e adolescentes, realizando várias ações internas e externas.

A conselheira tutelar e assistente social, Valcélia Dias, chamou a atenção dos pais e responsáveis, que estavam na plateia, no sentido de ficarem atentos às suas crianças e adolescentes. Ela também orientou que a qualquer sinal de perigo dos ‘abusadores’, procure o Conselho Tutelar, que tem o papel de proteger as crianças e adolescentes, onde estiver ocorrendo violação de direito.

Foto: Marcos Vasconcelos/Seas

Segundo Valcélia Dias, o conselho tutelar atua em várias áreas, seja na educação, na saúde, na cidadania e ainda onde estiverem acontecendo os crimes de maus-tratos. “Somos uma espécie de ponte para levar para a delegacia, para o Judiciário, os casos identificados como negligência, maus tratos e todo tipo de exploração que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) preconiza”, disse.

A conselheira reconhece que é desafiador trabalhar nessa área, tendo em vista a irresponsabilidade de alguns pais, que negligenciam suas ações diárias com os filhos. “Jogam essa responsabilidade para a escola e finda sobrando também para o Conselho Tutelar”, disse Valcélia, ressaltando que com profissionalismo e competência é possível avançar. “Se a gente não fizer nada, nada vai acontecer”, completa.

Foto: Marcos Vasconcelos/Seas

Novos tempos

Mães e avós reconhecem que os tempos são difíceis e desafiadores para criar filhos. Maria de Fatima, 69 anos, participante de atividades no CECF Miranda Leão, como exercícios físicos e de memória, reconhece que atualmente está mais difícil, em relação ao período que criou os filhos, por conta da violência em todos os sentidos. “Vivemos preocupados o dia todo, por conta dos casos de violência e maus-tratos ocorridos na nossa cidade e no país como um todo”, frisa.

Os Centros Estaduais de Convivência da Família (CECFs) e do Idoso (Ceci), um total de sete, estão realizando por todo o mês de maio várias ações de combate e de conscientização, com abordagens em sinais, nas praças e em lugares públicos, alertando sobre esse tipo de crime, seja de maus tratos, como de exploração sexual infantil.