Essa foi a maior apreensão da história da Base Arpão. FOTO: Carlos Soares/SSP-AM.

Pousou na tarde deste sábado (13/03), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, um carregamento com mais de 3 toneladas de drogas apreendidas pela Base Arpão, no final de semana passado. O entorpecente foi escoltado pelos policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) e Companhia de Operações Especiais (COE).

A maior apreensão de drogas realizada pela Base Fluvial Arpão foi feita na tarde do dia 6 de março, na comunidade do Jussara, em Coari (a 363 quilômetros de Manaus). Ao todo, foram apreendidas 3,2 toneladas de entorpecentes, entre maconha do tipo skunk e cocaína. Três homens foram presos em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

A ação policial, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), Polícia Militar e Polícia Civil, representa um prejuízo de R$ 49 milhões ao crime organizado. O entorpecente estava escondido no porão da balsa J.Neto, oriunda do município de Japurá (a 744 quilômetros de Manaus).

De acordo com o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, o entorpecente foi localizado após uma denúncia ao telefone 181, o disque-denúncia da SSP-AM.

“Recebemos uma denúncia via 181 de que nessa balsa, além do seixo irregular, tinha também uma grande quantidade de drogas. Foi acionado o nosso cão, que fica na base, e de imediato ele farejou e achou o entorpecente, que estava em um fundo falso da embarcação”, disse o coronel.

A balsa estava apreendida desde a quinta-feira (04/03), após ser identificada transportando 400 metros cúbicos de seixo sem licença ambiental. Pelo crime ambiental, a Justiça já havia estipulado multa de R$ 100 mil aos responsáveis pelo transporte. A denúncia, recebida na manhã de sábado, revelava que a embarcação possuía um fundo falso, no porão, onde estavam escondidos os entorpecentes, que seriam de um traficante de Belém (PA).

A delegada-geral da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Emília Ferraz, enfatizou o trabalho realizado pelos cães. “É muito importante ressaltar a ação dos cães farejadores, que realizam um trabalho de excelência, identificando a droga quando não é possível a gente visualizar”, destacou ela.

Policiais militares realizam a escolta de 3,2 toneladas de drogas apreendidas pela Base Arpão
Apreensão da Base Arpão representa um prejuízo de R$ 49 milhões ao crime organizado. FOTO: Carlos Soares/SSP-AM.

Segundo a informação anônima, o material criminoso era destinado a traficantes da capital amazonense e seria distribuído para o consumo local, abastecendo as chamadas bocas de fumo. Com o relato, os policiais levaram o cão farejador Tyson, da Companhia Independente de Policiamento com Cães (Cipcães), da Polícia Militar, que logo apontou onde a droga estava escondida.

Mais de 20 policiais foram empregados na missão. “Os policiais que estão na Base Arpão, são treinados e doutrinados para detectar e neutralizar esse tipo de ocorrência. Nós recebemos informações da inteligência, coordenadas pela secretaria de Segurança Pública, e obtivemos êxito nessa missão”, disse o comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Ayrton Norte.

Os suspeitos foram encaminhados para os procedimentos policiais na Delegacia de Polícia Civil de Coari e vão responder pelo crime de tráfico de drogas.