Atendimento nos Centros de Convivência inclui atividades físicas, esportivas, de lazer e atendimentos fisioterápicos pelo Projeto Mais Vida
Foto: Kerolyn Leigue/Seas
O Brasil celebra neste sábado (21/09) o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), realiza uma série de atividades nos Centros Estaduais de Convivência da Família (CECF) e o do Idoso (Ceci) tratando do tema. O público-alvo desta programação são PCDs em situação de vulnerabilidade que moram nas comunidades e no entorno.
As ações incluem palestras, roda de conversa, visita a uma Biblioteca Braile, atividade de fisioterapia na inclusão & vôlei adaptado; sensibilização sobre emancipação dos direitos dos PCDs, entre outros. Voltados para a Proteção Social Básica, os sete Centros de Convivência da Família (Cidade Nova, Santo Antônio, Mutirão, Raiz, Alvorada e Japiim) e o Centro de Convivência do Idoso (Aparecida) oferecem uma gama de serviços ao público.
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Entre os serviços oferecidos a esse público específico estão atividades físicas, esportivas, de lazer e atendimentos fisioterápicos pelo Projeto Mais Vida, criado pelo Governo do Estado, há mais de dois anos, para dar suporte aos CECFs. São várias histórias de superação e sucesso proporcionadas pelo projeto, principalmente na área de fisioterapia, com pacientes com fibromialgia, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e doenças neurológica ou degenerativa como mal de parkinson.
Histórias de superação
Gilson Gama da Silva, 62 anos, é um dos inúmeros casos atendidos pelo Projeto Mais Vida no CECF Teonízia Lobo, no Mutirão, com o serviço de fisioterapia. Há mais de um ano o idoso foi vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVCA). Ele conta que sentia uma forte dor de cabeça, seguido de mal-estar e dificuldade de falar. Após atendimento médico, lhe foi entregue um laudo médico solicitando seções de fisioterapia por conta das sequelas, inclusive na fala.
Sem condições de trabalhar e não tendo como pagar as sessões de fisioterapia, Gilson ficou em casa por um tempo, com dificuldades de se locomover e de falar. “A indicação de um amigo me permitiu conhecer o projeto Mais Vida, e hoje estou conseguindo andar e falar, graças às secções de fisioterapia que faço três vezes na semana, vindo inclusive sem a companhia de familiares, o que para mim é gratificante voltar a me movimentar sozinho”, admite.
Foto: Kerolyn Leigue/Seas
Também vítima de um AVC, Paulo Sergio, 53 anos, morador do Novo Aleixo, está aos poucos recuperando a fala e a alegria de viver. As dez secções de fisioterapia que faz três vezes na semana têm lhe propiciado melhor qualidade de vida. “Agora me sinto bem melhor”, admite.
A coordenadora do Mais Vida no Teonizia Lobo, Gisele Medeiros, disse que Paulo Sergio chegou muito mal, sem falar e com muita dificuldade de locomoção, guiado por terceiros. “Atualmente, a maioria das pessoas que chegam a nós são vítimas de AVC, sem a mínima condição de fazer um tratamento por conta própria. Chegam pedindo socorro, e aqui fazemos um atendimento humanizado, que somado aos exercícios de fisioterapia, obtêm resultados satisfatórios”, disse.
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Riscos da profissão
Algumas profissões deixam sequelas ao longo dos anos por conta de postura inadequada, movimentos repetitivos entre outros. A manicure Tereza Furlan, 45 anos, adquiriu inúmeras doenças como epicondilite; bursite; artrose; hérnia de disco; síndrome do túnel do carpo nas mãos, entre outras. Ela chegou ao atendimento do Mais Vida no CECF André Araújo após o convite de uma amiga.
“Cheguei aqui no centro doente e dependente de analgésicos, porém fui acolhida pelos profissionais que me indicaram exercício físicos, somados às fisioterapias. Hoje estou bem fisicamente e emocionalmente, além de liberta dos analgésicos”, garante Tereza.
Foto: Kerolyn Leigue/Seas
Atendimento
Funcionando de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 12h, o serviço de fisioterapia no Teonizia Lobo, atende em média 700 pessoas por dia, que, aos poucos vão recuperando a qualidade de vida. Diagnosticada com Mal de Parkinson, a auxiliar de serviços gerais, hoje desempregada, Odilane Seixas Pinto, 54 anos, faz parte dessa estatística.
“Como vinha me sentindo muito mal, parei de trabalhar para cuidar da minha saúde, sendo indicada para o programa, que com a ajuda dos fisioterapeutas estou conseguindo aos poucos melhorar. Sei que o processo é longo, porque as vezes fico com as mãos trêmulas, me movimento com lentidão, mas já sinto melhoras, porque estou fazendo exercícios para não perder os movimentos e isso tem me ajudado a seguir caminhando”, garante Odilene.
Para a fisioterapeuta Jennifer Bittencourt, o atendimento realizado pelo Projeto Mais Vida às Pessoas com Deficiência é extremamente importante pois ajuda a população em situação de vulnerabilidade. Entre os benefícios do atendimento está o alívio das dores, melhora na mobilidade e flexibilidade, na postura, tratamento e prevenção de doenças crônicas, além de ajudar a reabilitar lesões musculares e ósseas como fraturas, luxações e tendinite
“A fisioterapia ajuda tanto na prevenção, quanto no tratamento, principalmente nas pessoas da terceira idade”, destacou a fisioterapeuta.