Ação interinstitucional terá duas bases operacionais e foco no sul do Amazonas, para diminuir índices ambientais negativos em 2021
Atuação do Governo do Amazonas para combater o desmatamento ilegal e as queimadas não autorizadas. FOTOS: Herick Pereira/Secom

A atuação do Governo do Amazonas para combater o desmatamento ilegal e as queimadas não autorizadas em 2021 foi oficializada nesta segunda-feira (29/03), durante o lançamento da Operação Integrada Tamoiotatá. A ação começa a enviar equipes de fiscalização para o sul do Amazonas, área de maior pressão ambiental, já a partir desta quinta-feira (1º/04).

A ação integra a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da qual participam o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Amazonas.

Considerando o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AM), lançado em junho de 2020, será almejada para a presente Operação a meta de redução de 5% nas taxas de desmatamento e queimadas, no comparativo com o ano anterior. Para isso, a ação de comando e controle foi adiantada em quatro meses, segundo explica o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

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“A atuação do Governo do Estado neste ano vai ser para que a gente possa trabalhar na prevenção, combatendo o desmatamento ilegal. Ao fazer esse combate, nós esperamos reduzir a quantidade de área desmatada pronta para ser queimada na época de estiagem, no segundo semestre do ano, quando tradicionalmente ocorre um aumento dos focos de calor”, explicou.

Bases no interior

 A Tamoiotatá é resultado de uma avaliação dos resultados obtidos na Operação Curuquetê 2, que atuou contra crimes ambientais no sul do Amazonas, de junho a novembro de 2020. Uma novidade é que, para a operação deste ano, as equipes vão contar com duas bases paralelas de atuação, uma no município de Apuí e outra em Humaitá, a fim de ampliar a presença do Estado na região.

Os dois municípios-base contarão com Centrais Integradas de Coordenação Operacional Municipal (Cicop), que vão atuar na geração de informações de Inteligência da Operação, em articulação direta com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) em Manaus. O objetivo é auxiliar de forma mais assertiva as atividades de campo coordenadas pelo Ipaam.

Ação interinstitucional terá duas bases operacionais e foco no sul do Amazonas, para diminuir índices ambientais negativos em 2021
Atuação do Governo do Amazonas para combater o desmatamento ilegal e as queimadas não autorizadas. FOTOS: Herick Pereira/Secom

“Nós vamos levar para Apuí e Humaitá a mesma estrutura integrada que a gente tem aqui no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) em Manaus, com monitoramento, comunicação e coordenação efetiva dos trabalhos a serem realizados lá”, pontuou o secretário executivo adjunto de planejamento e gestão integrada da SSP-AM, coronel Hermes Macedo.

Além da atuação em campo, o Ipaam conta com maior suporte tecnológico para incrementar as atuações remotas, de acordo com o diretor presidente da instituição, Juliano Valente. “O grande dificultador do Amazonas é o tamanho do estado, que torna ainda mais complexa nossa atuação em campo. Agora nós temos um incremento de Inteligência e Tecnologia, que ganhou mais ainda quando aderimos ao Programa do Ministério da Justiça, com as imagens da Planet, possibilitando também uma autuação remota do infrator e melhorando a velocidade da resposta”, completou.

O primeiro efetivo embarca para o sul do Amazonas nesta quinta-feira (1º/04). A equipe permanece em campo por 15 dias, quando será substituída por um novo grupo. Desta forma, o planejamento é que a Operação Tamoiotatá siga em atividades integradas no sul do Amazonas até o dia 12 de novembro.