O Governo do Amazonas participou, na tarde desta quarta-feira (02/06), da reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, junto ao vice-presidente, Hamilton Mourão. Representando o governador Wilson Lima, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, ressaltou os esforços integrados do Estado para conter o avanço do desmatamento.
O encontro reuniu governadores da Amazônia Legal com o vice-presidente, para tratar de ações contra o desmatamento, além da participação dos Estados no consórcio de investidores Plano Amazônia 2021/2022 e na Expo Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Para tanto, o presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Sérgio Litaiff Filho, também participou da videoconferência.
Durante a participação do Amazonas, o secretário Eduardo Taveira apresentou ações em execução pelo Governo do Estado contra a degradação ambiental. O destaque foi a contratação de 120 brigadistas florestais para auxiliar no combate às queimadas ilegais em 2021, em especial, no sul do Amazonas.
“Com isso, será possível montarmos uma equipe de brigadistas do Estado, que vai atuar de forma remunerada, por um período de quatro meses, justamente no período mais crítico das queimadas. O investimento total gira em torno de R$ 11,5 milhões e foi possível por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado do Amazonas (Sema) e o Banco Alemão de Desenvolvimento KFW”, ressaltou.
O secretário ressaltou ainda a contratação de um serviço de monitoramento por drone, em tempo real, para auxiliar as equipes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) na autuação remota de infratores, a fim de reduzir o tempo de resposta do Estado, sobretudo, em áreas de difícil acesso. Com relação a isso, Taveira destacou a atuação em Lábrea, dificultada por questões de acessibilidade.
“Temos visto uma pressão muito grande em Apuí e Lábrea. Nós fazemos um levantamento da qualificação dessas áreas e temos mantido diálogo com o Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra), visto que parte relevante das ocorrências dão-se em área federais. Além disso, é muito importante a articulação com o Instituto Chico Mendes (ICMBio), a partir de Rondônia, para integrar as agendas, pois muitos crimes ocorrem no limite entre os dois estados e, por vezes, não conseguimos chegar de forma tão rápida para reverter o dano”, pontuou.
A adesão do Amazonas à plataforma de análise dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR) também foi pautada. O Sistema federal permitirá a análise dos cadastros em larga escala, bem como a revisão das informações que foram declaradas e a verificação da situação da regularidade ambiental das áreas de preservação permanente, de reserva legal e de uso restrito.
ExpoDubai
Com relação à ExpoDubai, o presidente da Amazonastur, Sérgio Litaiff, informou que o Estado tem interesse em participar da convenção internacional. “Nós manifestamos muito interesse em participar. Já estamos tratando sobre isso diretamente com a Suframa e todo o setor produtivo e industrial do Estado. A ideia é que possamos levar as potencialidades do turismo e atrair investimentos também para o setor produtivo, com destaque para a gastronomia, o desenvolvimento da pesca esportiva e de tudo aquilo que é nossa vocação natural”, destacou.
A Expo de Dubai, que iria ocorrer em 2020, foi adiada para outubro deste ano devido à pandemia do novo coronavírus, após uma decisão do Escritório Internacional de Exposições (BIE). De acordo com o site da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Expo Dubai é uma exposição universal com foco na imagem do país e tem o objetivo de promover novas tecnologias, tendências e inovações. O evento deve ocorrer entre outubro de 2021 e março de 2023, com a participação de 190 países, que apresentarão ações de sustentabilidade, mobilidade e oportunidades para o futuro.