O governador Wilson Lima e o ministro Tarcísio de Freitas estiveram no município de Humaitá, onde foi assinada a ordem de serviço para a manutenção de três segmentos da BR-319 (Manaus-Porto Velho) – FOTOS: Artur Castro/Secom

O governador do Amazonas, Wilson Lima, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, estiveram, neste sábado (03/10), no município de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), onde foi assinada a ordem de serviço para a manutenção de três segmentos da BR-319 (Manaus-Porto Velho). O compromisso foi assumido pelo Governo Federal para garantir boas condições de trafegabilidade na rodovia durante todo o ano.

“Nós temos um ministro comprometido com a nossa região, alguém que conhece muito bem os estados que envolvem a BR-319 e um presidente que tem vontade política em fazer com que, efetivamente, a BR seja pavimentada. Nós já temos avanços significativos”, ressaltou Wilson Lima.

O governador e a comitiva federal visitaram o distrito de Realidade (a 67 quilômetros de Humaitá) e vistoriaram trechos da BR-319, que está recebendo serviços de pavimentação.

“Lá pudemos presenciar tudo o que está acontecendo, com uma manutenção de parte do meião, como nunca tinha sido feita antes. Estamos torcendo para que, com a maior brevidade possível, o Ibama possa liberar as licenças ambientais. Há, inclusive, esse compromisso do Ibama, de que daqui a quatro, cinco anos, a gente tenha uma BR toda pavimentada”, enfatizou o governador do Amazonas.


Wilson Lima destacou, ainda, a importância estratégica da região para o desenvolvimento econômico do Amazonas, Roraima e Rondônia. “Investidores estão vindo para cá. Nós temos aqui potencial para plantação de milho, soja, como já está acontecendo, temos um porto estratégico, mas isso só funciona se nós tivermos estrada. Vamos garantir não só o desenvolvimento econômico com a BR-319, mas também  o desenvolvimento social, o direito do cidadão de ir e vir”, observou o governador.


Abrangência – A manutenção abrangerá 254,20 quilômetros de rodovia, que vão passar por serviços de conservação e recuperação. As obras incluem o lote C (Charlie), que vai do Km 198,9 ao Km 250,7, objeto de uma licitação em andamento no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a reconstrução desse trecho. Parte do chamado “trecho do meio”, que vai do Km 250 ao Km 656, também está contemplada nesses contratos de manutenção.

“Pavimentar a 319 é garantir o direito de ir e vir, é integrar a região Norte com o resto do Brasil. Uma das primeiras reuniões que fizemos no Ministério foi com os governadores dos estados do Norte, Roraima, Rondônia, Acre, Amazonas e com as bancadas federais, cobrando BR-319. E naquele dia estabelecemos um compromisso e colocamos os passos que daríamos, como seria a estratégia, e nós estamos cumprindo passo a passo”, pontuou o ministro Tarcísio de Freitas.

As obras foram divididas em três lotes. O primeiro possui 82,20 quilômetros de extensão e vai do Km 178,50 (rio Tupãna) até o Km 260,7 (início da travessia do rio Igapó Açu). O segundo lote vai do Km 261,10 (fim da travessia do rio Igapó Açu) até o Km 346,20 (entroncamento com a BR-174 e a rodovia estadual AM-364), totalizando 85,10 quilômetros de extensão. O terceiro lote tem 86,90 quilômetros de extensão e vai do entroncamento da BR-174 com a AM-364 (Km 346,20) até o Igarapé Caetano (Km 433,10).

Manutenção – Os principais serviços a serem executados são: recomposição do revestimento primário da pista, com adição de cimento, areia e brita; recomposição mecanizada de aterro para elevação do corpo estradal (nos segmentos críticos); e colocação de pedra rachão nos segmentos críticos para evitar pontos de atoleiros durante o período chuvoso.

Também será realizada a limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem e execução e recuperação de valetas laterais para drenagem. Em todo o segmento, as pontes de madeira passarão por serviços de manutenção/recuperação.

Importância regional – Pavimentada em 1976, a BR-319 liga Manaus (AM) e Porto Velho (RO), totalizando 877,70 quilômetros de extensão. Além de integrar os dois estados ao restante do país por via rodoviária, a rodovia permite, ao longo de seu percurso, o acesso a diversas cidades, como Humaitá, Lábrea e Manicoré, sendo fundamental para o desenvolvimento econômico e social da região.

Promover a trafegabilidade da rodovia durante todo o ano vai garantir o funcionamento de serviços essenciais, como fluxo de ambulâncias, medicamentos, alimentos, combustíveis e linhas de ônibus.

Dragagem – Ainda em Humaitá, o governador Wilson Lima acompanhou o ministro da Infraestrutura na vistoria às obras de dragagem no rio Madeira.

Esse é o quarto ano de execução do contrato, que está em andamento desde 2017. O serviço está previsto para ser finalizado em outubro, quando encerra o período de estiagem. A dragagem visa garantir a navegação segura das embarcações no rio Madeira, contribuindo para o escoamento de produtos e o abastecimento de insumos para as regiões Norte e Centro-Oeste do país.

As equipes do DNIT atuam nos trechos do rio nas regiões de Curicacas, entre Porto Velho e Humaitá; e Miriti, entre Humaitá e Manicoré, a fim de manter a posição do canal de navegação estável.

Benefícios – O rio Madeira é um dos principais eixos logísticos do Norte do país e integra o Arco Norte, região que compreende os estados de Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Tocantins, permitindo o escoamento de safras pelo rio Amazonas e seus afluentes da margem direita, que correm na direção sul-norte, dos cerrados do centro do país para a Floresta Amazônica. 

A execução da dragagem no rio Madeira busca assegurar a fluidez e um maior carregamento dos comboios, mantendo a capacidade de carga das barcaças compatível com o planejamento de transporte das empresas, mesmo no período de estiagem. A medida impede a migração de cargas para outros modais de transporte mais onerosos e favorece a redução do custo de frete.

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