Objetivo do evento é discutir formas e alternativas para a atividade na região com base nas matrizes de sustentabilidade

FOTOS: Lane Venâncio/Sedecti

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) participou, na terça-feira (23/11), da abertura do 1º Seminário para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração na Amazônia. O evento realizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) segue até quinta-feira (25/11), com organização do Mineronegócio, do Brasil Mining Site e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O objetivo do Seminário é discutir formas e alternativas para a região usufruir de ativos naturais existentes, como os minérios e o gás natural, em plena consonância com matrizes de sustentabilidade.

Durante a abertura do evento, que acontece em formato remoto, o titular da Sedecti, Jório Veiga, defendeu um desenvolvimento sustentável para a mineração do estado, pois, com o crescimento da atividade, o Produto Interno Bruto (PIB) aumenta no setor.

“A mineração no Pará é desenvolvida, nos outros estados tem uma série de limitações que, de fato, fazem que essa atividade não tenha um peso muito grande no PIB. E, com isso, não nos permite ter um crescimento que ajude a melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos nossos municípios. No caso do Amazonas, temos quatro municípios entre os 25 piores IDH do Brasil. É justamente através do crescimento da nossa riqueza que poderemos tirar esses municípios dessa situação”, informou Veiga, ao reforçar que há interesse do Estado em chegar a 6% e 8% no PIB no setor da mineração.

O Seminário conta com a participação de órgãos governamentais, representantes de empresas mineradoras e especialistas do setor. Dentre os temas abordados no primeiro dia, estiveram o potencial de minerais estratégicos, agrominerais, verticalização da cadeia produtiva, mineração em terra indígena, mineração irregular, principais ocorrências da geologia, gestão de recursos hídricos, potencial petrolífero, bauxita, minério de ferro, potássio e ouro.

Também foram feitas propostas de planos governamentais das esferas estadual e federal, além de experiências técnicas e empresariais, projetos em andamento, análises de impactos e necessidades de infraestrutura, principalmente, nos aspectos relacionados ao desenvolvimento da capacitação de recursos humanos, energias e alternativas.

Abertura – Na abertura do seminário, que foi transmitida no canal da Suframa no Youtube, o superintendente da autarquia, Algacir Polsin, ressaltou a importância do tema, desejou sucesso nas discussões técnicas e afirmou que o evento pode se tornar um embrião para novos eventos na busca por avanços nas soluções para a mineração sustentável na Amazônia.

“Considero esse evento como um marco. Passamos pelo Ciclo da Borracha, passamos período áureo do comércio da Zona Franca de Manaus, estamos vivenciando um pujante Polo Industrial de Manaus, mas não podemos ficar parados. Precisamos reforçar o Polo Industrial de Manaus, mas precisamos diversificar a economia na região e a mineração sustentável por sua riqueza potencial pode ser uma alternativa de desenvolvimento importante”, frisou.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes Ferreira, afirmou que no setor mineral talvez haja a maior oportunidade de manter a floresta em pé e gerar atividade econômica de valor agregado na Amazônia, pois na atuação legal da mineração, em muitos casos, a exploração utiliza apenas 2% da área, não necessitando, portanto, dos 20% determinados pela legislação.

“Uma mudança na legislação necessária é o fim da possibilidade de cooperativas adquirirem áreas destinadas à mineração, mas não fazer atividade nenhuma. Apenas bloqueando a área para depois revendê-la”, detalhou.

O Seminário pode ser acompanhado por meio do canal da Suframa no Youtube.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Suframa