Governador Wilson Lima e secretário da Saúde, Marcellus Campêlo durante reunião do Fórum Nacional de Governadores com o Ministério da Saúde. FOTO: Maurílio Rodrigues/SECOM.

O governador Wilson Lima participou, nesta terça-feira (20/10), em Brasília, de reunião do Fórum Nacional de Governadores com o Ministério da Saúde para discutir o planejamento para a vacinação contra o novo coronavírus no país, prevista para iniciar em janeiro de 2021. No encontro, o ministro Eduardo Pazuello também anunciou a aquisição de 46 milhões de doses da vacina Butantan-Sinovac/Covid-19, em desenvolvimento pelo Instituto Butantan.

A medida faz parte da estratégia do Ministério da Saúde para a ampla oferta de vacinação aos brasileiros, que já conta com outros dois imunizantes (AstraZeneca e Covax). Somadas, as três vacinas representam 186 milhões de doses.

“Aqui, foram apresentados alguns prazos, foram apresentadas as fases em que estão as testagens dessas vacinas, e há uma previsão de que efetivamente elas comecem a chegar aos estados em meados ou no final de janeiro, então, isso nos dá uma grande esperança de que a gente possa, o mais rápido possível, voltar à normalidade da nossa vida. Naturalmente, há critérios para que isso aconteça, a gente continua seguindo todas as orientações e também repassando para toda a população”, avaliou Wilson Lima.

Durante a reunião, o governador também fez um apelo para que o Ministério da Saúde antecipe a vacinação contra H1N1 no Amazonas. “Daqui a 30 dias, vamos começar o nosso período chuvoso, em que há uma maior incidência de síndromes respiratórias, então, é importante que nossa população esteja imunizada para que não haja confusão de que todo mundo que pega H1N1 ou qualquer outros vírus já seja suspeito de Covid”, justificou.

Wilson Lima defendeu, ainda, que os recursos disponibilizados pelo Governo Federal para o combate à pandemia também possam ser utilizados no tratamento de pacientes pós-Covid.

“Eu fiz um apelo ao Ministério da Saúde com relação àqueles pacientes que já estão curados, mas continuam ocupando um leito de UTI, e o apelo que eu fiz foi para que esse recurso destinado à Covid também seja destinado para o atendimento desses pacientes”, afirmou.

Distribuição – As vacinas Butantan-Sinovac e AstraZeneca estão em etapas avançadas de produção – ambas em fase III, quando são testadas em milhares pessoas. Segundo o Ministério da Saúde, elas ainda devem ser liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ter eficácia e segurança garantidas.

De acordo com o ministro Eduardo Pazuello, as doses serão distribuídas para todo o Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados”, garantiu. 

A Fiocruz também deve começar, a partir de abril de 2021, a produção própria da AstraZeneca e disponibilizar ao país até 165 milhões de doses durante o segundo semestre de 2021. “Nossa estratégia prioriza a transferência de tecnologia – o que nos permitirá produzir as vacinas no Brasil”, destacou o ministro.