Operação é fruto da política do Governo do Estado para fomentar a produção do gás natural no Amazonas. FOTO: Divulgação/Cigás.

A estação de medição da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) já está no Campo de Azulão, em Silves (a 204 quilômetros a leste de Manaus) para atendimento ao Projeto Jaguatirica II. Com quase 10 toneladas, medindo 20 metros de comprimento, a estrutura tem capacidade para volumes de mais de 1 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia. Essa estrutura tem componentes de tecnologia de ponta e conduzirá o combustível fóssil da unidade de tratamento até a unidade de liquefação do gás.

Inédita na região, a operação é fruto da política do Governo do Estado para fomentar a produção do gás natural no Amazonas e tem a concessionária Cigás como um dos atores para a viabilização deste projeto, por meio do qual o gás produzido no Campo de Azulão será liquefeito e, em seguida, transportado em carretas até Boa Vista, em Roraima, onde abastecerá a Usina Termoelétrica Jaguatirica II. O combustível também será usado para autogeração de energia elétrica no campo de Azulão.

O diretor-presidente da Cigás, René Levy Aguiar, destaca o avanço de mais um processo que demonstra a abertura do Amazonas para novos atores na exploração do gás natural. “Temos a maior reserva provada do Brasil em terra, e o projeto em Silves é um exemplo em que a Cigás teve participação ativa para viabilizar um aumento na arrecadação do Estado, gerando empregos e oportunizando investimentos”, comentou.

O início do comissionamento e dos testes está previsto para janeiro de 2021 e compõe o rol de investimentos da Cigás que, somente em 2020, deverá superar a cifra de R$ 26 milhões. Este aporte irá se somar aos mais de R$ 544,5 milhões já investidos pela Companhia, até 2019, para fomentar a distribuição do gás natural no Amazonas.

Tecnologia e benefícios – O equipamento da Cigás tem sistema de automação que permite que todas suas variáveis sejam monitoradas remotamente pelo Centro de Controle Operacional da Companhia, que receberá em tempo real informações de pressão, temperatura, vazão do gás, dentre outras. A tecnologia permitirá o monitoramento de intrusão na área da estação, por meio de câmeras e sensores nos portões.

Essa estrutura se soma aos investimentos feitos pela Eneva e visam garantir o suprimento de gás para a usina Jaguatirica II, ainda em etapa de construção em Boa Vista e que vai gerar cerca de 117 MW de energia elétrica a partir do gás natural proveniente do Campo de Azulão. A energia gerada vai atender, de acordo com a empresa, cerca de 70% do consumo de todo o estado de Roraima a partir de 2021.

O gás natural atualmente já responde por cerca de 60% da energia elétrica consumida em Manaus.