Governador do Amazonas, Wilson Lima, durante coletiva de imprensa com o vice-presidente, Hamilton Mourão. FOTO: Diego Peres.

O governador Wilson Lima e o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, visitaram as instalações do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, nesta quarta-feira (04/11), junto com a comitiva de ministros e chefes de missões diplomáticas que ficará no Amazonas, até esta sexta-feira (06/11).

O objetivo da viagem, articulada pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Mourão, é apresentar as políticas ambientais executadas, na região, para combater ilícitos e promover o desenvolvimento sustentável.

A comitiva é formada pelos chefes de missões diplomáticas da África do Sul, Espanha, Peru, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, União Europeia, Reino Unido, França, Portugal e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Também participam os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

Em entrevista coletiva no Censipam, o governador ressaltou que a presença da comitiva no Amazonas é importante para que a comunidade internacional conheça o que está sendo feito no estado, na área ambiental, inclusive com o apoio de parceiros externos.

“Nós temos algo em torno de 97% da nossa área preservada, intacta, e a vinda dos embaixadores aqui é importante para a gente mostrar o que tem sido feito aqui no Amazonas, com o apoio que a gente tem tido, sobretudo, da Alemanha, com a ajuda que nos deu na construção da nova sede da Secretaria de Meio Ambiente, com o apoio que a gente está tendo, a parceria com Peru, Colômbia, União Europeia e, naturalmente, para que a gente possa construir outras parcerias”, afirmou Wilson Lima.

Segundo ele, o diálogo com o Governo Federal tem sido essencial para que o Amazonas avance em temas como a regularização fundiária, o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e o estímulo à bioeconomia, estratégias para manter a floresta em pé e gerar renda para a população.

“Nós precisamos proteger a floresta, os recursos naturais, disso nós não abrimos mão, mas também temos que proteger o povo da floresta, o cidadão. O CAR (Cadastro Ambiental Rural), por exemplo, para o qual nós temos um recurso alocado de cerca de R$ 30 milhões do Fundo Amazônia, vai ser fundamental para o pessoal da agricultura familiar, porque através desse cadastro ele vai conseguir suas licenças ambientais”, completou o governador.

Parceiros – O vice-presidente Hamilton Mourão também frisou o papel dos parceiros privados e governamentais no apoio às políticas de proteção à Amazônia, principalmente por meio da transferência de recursos a projetos prioritários.

“A nossa visão dentro do Conselho da Amazônia é atrair o parceiro privado para que ele, junto ao Governo do Estado, e o Governo do Estado é aquele que sabe quais são os projetos prioritários. Que ele invista naquilo que vai melhorar infraestrutura, oferecer maneiras de você explorar a biodiversidade, se traduzindo em bioeconomia, e consequentemente, gerando emprego e renda à população”, disse Mourão.

Agenda – Durante a visita ao Censipam, o grupo conheceu as principais ações empregadas pelo Ministério da Defesa na proteção e monitoramento da Amazônia.

O serviço conta com estações meteorológicas, plataformas de coleta de dados, radares meteorológicos e de vigilância, sensores aeroembarcados, estações de recepção de dados e uma rede integrada de telecomunicações, possibilitando o trabalho integrado entre órgãos das diversas esferas.

Amanhã (05/11), as autoridades visitam o laboratório modelo de investigação de crimes ambientais, na Superintendência da Polícia Federal, no Dom Pedro I, e o Projeto Integrado de Colonização Bela Vista, em Iranduba. Às 17h, haverá entrevista coletiva no Comando Militar da Amazônia, na Ponta Negra.

A agenda inclui, ainda, viagem a Maturacá e São Gabriel da Cachoeira, na sexta-feira (06/11), onde as autoridades visitam o 5º Pelotão de Fronteira, a 2ª Brigada de Infantaria de Selva e a Casa de Apoio à Saúde Indígena.