Iniciativa fortalece parceria institucional e celebra a força e coragem das pessoas que foram forçadas a deixar seus países de origem
Em homenagem ao Dia Mundial do Refugiado, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), e a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) irão promover um cine debate com a exibição do filme “As nadadoras”. O evento ocorrerá nesta terça-feira (20/06), às 19h30, no Teatro Gebes Medeiros, localizado na Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro.
O cine debate, que terá a projeção de filme seguida de um debate acerca do tema, será gratuito e aberto ao público, que pode se inscrever neste link: https://bit.ly/3N5uyOz. Além de marcar a celebração da data, a iniciativa tem o objetivo de ampliar a visibilidade de produções audiovisuais que retratam o deslocamento forçado de pessoas e os impactos das violações de direitos humanos.
Para a secretária executiva de Direitos Humanos da Sejusc, Gabriella Campezatto, a ação fortalece a parceria institucional entre o Governo do Estado e o Acnur. “O Acnur é um dos nossos parceiros mais importantes no trabalho de acolhimento aos refugiados que vêm para o Amazonas. Toda e qualquer iniciativa que venha a intensificar essa soma de esforços será sempre bem-vinda”, frisa.
“Todos nós podemos fazer mais para dar aos refugiados mais esperança e oportunidades, enquanto eles estão longe de casa. O Amazonas é um estado historicamente acolhedor e estas mobilizações convidam a sociedade a incluir cada vez mais pessoas refugiadas nas escolas, locais de trabalho, sistemas de saúde e muito mais”, declara a Oficial Assistente de Campo do Acnur em Manaus, Juliana Serra.
Lançado em novembro do ano passado, por uma plataforma de streaming, o longa-metragem “As nadadoras” conta a história real das irmãs nadadoras olímpicas Yusra e Sara Mardinij, que tiveram que fugir da Síria para sobreviver à guerra civil, numa perigosa viagem em mar aberto até a chegada a um novo país.
Yusra foi nomeada, aos 19 anos, a mais jovem Embaixadora da Boa Vontade da Acnur e atua, desde 2017, na defesa de refugiados em todo o mundo. A nadadora compartilha sua própria história inspiradora como um exemplo de resiliência e determinação para reconstruir vidas e contribuir positivamente para as comunidades de acolhida.
Atenção a refugiados
Há mais de dez anos, o Amazonas recebe um fluxo contínuo de migrantes e refugiados estrangeiros, que tentam escapar da fome, conflitos, perseguições e catástrofes naturais, vindos de países como Venezuela, Colômbia, Peru e Haiti. De acordo com a plataforma R4V, mantida pela ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 40 mil venezuelanos vivem no estado atualmente.
Em sua estrutura organizacional, a Sejusc possui a Gerência de Migração, Refúgio, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo (GMIG). O setor coordena os Postos Avançados de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) da Rodoviária e do Aeroporto de Manaus, além do Posto de Interiorização e Triagem (PTRIG), no Bairro da Paz, zona centro-oeste.
No mês passado, a Sejusc iniciou a atualização do Plano Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Atenção a Migrantes, Refugiados e Apátridas do Amazonas. O trabalho está sendo feito em conjunto com a rede de apoio, formada por entidades da sociedade civil organizada, poder público e agências da ONU.
“Além da gerência, a Sejusc também faz parte da Operação Acolhida, do Exército Brasileiro, aqui no Amazonas. Ou seja, quando essas pessoas chegam aqui no estado, não só venezuelanos, mas migrantes e refugiados de outras nacionalidades, nós somos o primeiro contato que essas pessoas têm”, explica Gabriella.