Certificação agrega valor aos produtos e abre novas oportunidades de mercado para os pequenos produtores

FOTOS: Divulgação/Faea

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) participou, nesta terça-feira (05/07), na sede da Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), de uma reunião para discutir os desdobramentos para o processo de certificação de Indicação Geográfica (IG) para o queijo de Autazes. Concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), a certificação teve seu processo iniciado em 2019, com a vinda do especialista em queijos artesanais de Minas Gerais, Elmer Almeida, ao Amazonas.

Além de agregar valor aos produtos e abrir novas oportunidades de mercado para os pequenos produtores, a certificação é utilizada para identificar a origem de produtos ou serviços, quando o local se torna conhecido ou quando determinada característica ou qualidade do produto se deve a sua origem. No Amazonas, quatro indicações estão chanceladas: a farinha de Uarini, o peixe ornamental de Barcelos, o guaraná de Maués e o abacaxi de Novo Remanso.

Entre os requisitos para que o município obtenha o reconhecimento está a regularização dos estabelecimentos junto à Adaf, por meio do registro ativo no Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM), o que atesta que as queijarias de Autazes seguem as boas práticas higiênico-sanitárias e que os produtos são seguros para o consumo.

Além da Adaf e da Faea, estiveram presentes no encontro a Superintendência Federal da Agricultura no Amazonas (SFA-AM), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama).

Para o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, a reunião voltada a construir o protocolo de adequação higiênico-sanitário do queijo de Autazes é desdobramento da semente plantada pela Adaf, em 2019, com a viabilização da primeira consultoria do especialista, Elmer Almeida, no Amazonas.

“Ficamos felizes com a sequência do trabalho de consultoria do Dr. Elmer, que esteve conosco em 2019, e fez um diagnóstico sobre a produção do queijo coalho”, ressaltou.

Uma nova reunião sobre o tema deverá ser realizada no mês de agosto.

Acompanhamento

O último encontro em que a Adaf esteve presente para discutir o processo de certificação do queijo de Autazes aconteceu em junho do ano passado, junto a produtores rurais na comunidade de Novo Céu, em Autazes, juntamente com consultores da Inovates, empresa contratada pelo Sebrae para preparar os produtores para o processo de certificação.

Durante a passagem pelo município, os servidores da Agência de Defesa pontuaram a importância da vacinação das fêmeas bovinas e bubalinas contra a brucelose, doença que pode comprometer a produção leiteira.