Atividade foi realizada em parceria com a Secretaria de Produção do município

FOTOS: Divulgação/Adaf

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Produtores rurais de três comunidades do município de Manaquiri (distante 60 quilômetros de Manaus) participaram, na quarta-feira (08/12), de uma palestra sobre boas práticas na aplicação de agrotóxicos e os impactos que o uso incorreto desses materiais pode causar na saúde humana e no meio ambiente. A atividade foi promovida pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), em parceria com a Secretaria Municipal de Produção de Manaquiri.

O fiscal agropecuário engenheiro agrônomo Michaell Santos, que integra a equipe da Gerência de Agrotóxicos da Adaf, explicou que a iniciativa se deu em razão de relatos de mau uso de defensivos agrícolas na comunidade Manaquirizinho, feitos pela liderança comunitária da localidade.

“A avaliação do evento foi muito boa, sendo a metodologia utilizada a Jornada do Conhecimento, com a construção participativa comunitária, em que os produtores rurais se tornam protagonistas no processo ensino-aprendizagem”, destacou.

Além de representantes de Manaquirizinho, participaram da palestra pessoas das comunidades de Poção e Barroso. O evento também sinalizou a intenção de criar um Grupo de Trabalho Municipal para executar o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). O programa federal de monitoramento da qualidade da água tem como parâmetro a utilização incorreta de agrotóxicos, cuja manipulação sem critérios impacta diretamente no meio ambiente.

Para estimular o uso correto e seguro de agrotóxicos, a Adaf sorteou, durante a atividade, um Equipamento de Proteção Individual (EPI) completo entre os participantes. O EPI é obrigatório para a aplicação dos defensivos.

De acordo com Michaell, a Adaf deve massificar, em 2022, ações de educação sanitária voltadas para o correto uso de agrotóxicos, da venda ao descarte de embalagens vazias. Esse trabalho de conscientização tem o objetivo de preservar a saúde humana e o meio ambiente, uma vez que a venda e a aplicação indiscriminadas de agrotóxicos implicam resíduos nos alimentos fora do recomendado pela legislação e a contaminação do consumidor. No aspecto ambiental, o descarte incorreto leva à contaminação dos recursos hídricos, do solo e dos animais, afetando a fauna e a flora.

A venda de defensivos agrícolas só pode ser realizada por estabelecimentos devidamente cadastrados na Adaf, mediante receituário agronômico emitido por profissional habilitado. Os produtos comercializados ou utilizados dentro do estado também devem ter cadastro na autarquia, sob pena de apreensão.