Atividade integra Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) está realizando no mês de janeiro de 2023 a coleta de sangue e swab de cloaca e traqueia em cumprimento ao Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
A atividade tem como objetivos a detecção precoce de casos de Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC) nas populações de aves domésticas e silvestres; a demonstração de ausência de IA e DNC na avicultura industrial, de acordo com as diretrizes internacionais de vigilância para fins de comércio; e o monitoramento da ocorrência de cepas virais da IA para subsidiar estratégias de saúde pública e saúde animal.
O trabalho de coleta ocorre em todo o país e, nesta etapa, a atuação está concentrada na avicultura industrial. Estão previstas coletas em 102 granjas, distribuídas por 25 municípios, selecionados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com a fiscal agropecuária médica veterinária Fernanda Rech, que coordena o Plano Nacional de Sanidade Avícola na Adaf, as amostras serão enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas. “Devido as dificuldades de conservação da amostra, a ADAF conta com o apoio do Laboratório Central da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) para a conservação dessas amostras”, explica.
Transporte
O transporte até o laboratório oficial de Campinas é feito por uma empresa especializada, para garantir que as amostras cheguem ao destino na temperatura ideal. “Esse inquérito é muito importante, principalmente porque o Brasil é um dos principais produtores e exportadores de carne de frango do mundo, e a condição sanitária da nossa avicultura é bastante favorável por ser livre da IA e da DNC, doenças de grande importância econômica e amplamente distribuídas no mundo. A manutenção desta condição no Brasil proporciona maior segurança alimentar para a população brasileira e vantagem competitiva para o acesso a mercados internacionais.”, destaca Fernanda.
Em novembro do ano passado, foram detectados casos de IA na Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Chile, elevando o nível de atenção para a doença no Estado. Assim que a doença foi confirmada, uma equipe de fiscais agropecuários médicos veterinários da Adaf foi deslocada para atuar com vigilância ativa em Tonantins, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga, que integram a área de fronteira do Brasil com os países vizinhos.
Fernanda Rech esclarece que o inquérito epidemiológico já estava previsto para ser realizado neste mês de janeiro – e possivelmente será feito todos os anos na avicultura industrial -, mas a ação coincidiu com o momento de alerta na América do Sul. A última notificação de Doença de Newcastle no Brasil foi em 2006 e a Influenza Aviária nunca foi notificada no país.
Ainda em fevereiro deste ano, as equipes passarão a realizar as coletas em propriedades onde há avicultura de subsistência. “Nessas visitas, já aproveitamos para realizar um trabalho de educação sanitária, orientando os criadores sobre a importância das telas, para evitar o contato de seus animais com aves silvestres, que podem ser reservatórios de vírus, pelo contato com as aves migratórias, e pedindo para que fiquem atentos a qualquer sinal de mortalidade”, reforça a veterinária.
A IA e a DNC são causadas por vírus, com alto índice de contágio e impactos severos no setor da avicultura. A Adaf pede a colaboração dos produtores, profissionais da área e da população em geral para que notifiquem imediatamente, à agência, eventos excepcionais de mortalidade de aves silvestres ou domésticas pelo telefone (92) 99380-9174