A primeira escola a receber o projeto, a EE Cid Cabral da Silva, no bairro Cidade Nova, teve a participação de mais de 100 alunos na plateia
FOTO: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa
O projeto Vivência Cultura com os Corpos Artísticos do Amazonas teve a sua estreia com os alunos na Escola Estadual Cid Cabral da Silva, no bairro Cidade Nova, zona norte da capital. A iniciativa que propõe a interação entre os corpos estáveis do Governo do Amazonas e a comunidade estudantil, foi realizada na quarta-feira (30/10). Idealizado pela Central de Artes e Educação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, o Vivência Cultural iniciou o calendário de apresentações com a renomada Amazonas Filarmônica.
O secretário de Cultura e Economia Criativa em exercício, Candido Jeremias, falou da emoção de participar do evento na escola onde cursou o ensino médio e proferiu palavras de incentivo àqueles que vislumbram carreira artística.
FOTOS: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa
“O projeto Vivência Cultura traz os corpos artísticos, mostrando que é possível viver da arte no estado. O projeto é uma oportunidade para os jovens que estão indo para a universidade, procurarem por exemplo a UEA, que oferece cursos artísticos. Tem também o Liceu de Artes e Ofício Claudio Santoro, para muitos, o primeiro contato com as artes”, disse o secretário. “É um dia totalmente diferente, não é um concerto no Teatro Amazonas. É uma oportunidade para dialogar com os músicos e aprender um pouco mais sobre as artes”, complementa.
Considerando o público alvo, especialmente de alunos do ensino médio, a iniciativa também representa uma tentativa de aproximar a comunidade estudantil aos corpos artísticos e torná-los cada vez mais acessíveis. “Se de alguma forma estávamos um pouco distantes, a partir de agora queremos poder acessar mais escolas e mostrar para eles que ser artista no Amazonas é profissão, é carreira. Estamos aqui construindo um legado da cultura para o estado, que vai ficar marcado e reverberar em muitos resultados positivos”, revela o gerente da Central de Artes e Educação, Ricardo Lopes.
Além da Amazonas Filarmônica, o cronograma de ações terá a participação dos corpos artísticos, Corpo de Dança do Amazonas, Coral do Amazonas, Balé Folclórico, Amazonas Band e Orquestra de Violões. No dia 5 de novembro, quando se celebra o Dia Nacional da Cultura, será a vez da Orquestra de Câmara do Amazonas, com a regência de Marcelo de Jesus, se apresentar na Escola Estadual Professor Antenor Sarmento, no Centro de Manaus.
Espetáculo na quadra
Apostando no formato didático e interativo, o maestro Otávio Simões apresentou a família dos instrumentos musicais e explicou a função do maestro frente à orquestra. “Isso mostra que a orquestra está cumprindo a sua função. Todos nós começamos a estudar a música numa circunstância parecida com essa, assistimos a alguma orquestra, que foi tocar em alguma escola ou tivemos oportunidade de ver em algum lugar. O que estamos fazendo é mostrar para esses jovens como funciona uma orquestra. Saímos desse tipo de projeto com muita satisfação, com muita alegria”, destaca o maestro.
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Na plateia, atento aos movimentos dos músicos, estava Ariel Nascimento, 17, que desde os dois anos toca guitarra e se diz apaixonado pelo instrumento. “Tocar guitarra representa um momento de paz. Enquanto eu estou no meu quarto e começo a tocar, é como se o mundo inteiro fosse só meu, tivesse uma plateia me assistindo”, declara o aluno, reconhecendo a importância do evento. “Como sabemos, é sempre bom conhecer várias áreas, inclusive a música é tão importante como qualquer área do conhecimento humano”, declara.
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Com projetos para o futuro no segmento artístico, Daniel da Silva, 18, aposta no piano. “Eu acho uma maravilha trazer a música clássica para escola. Eu estou aqui para assistir a orquestra e tenho pretensão de ser um grande artista”, finaliza o aluno.