Convidados responderam dúvidas da população para combater a proliferação da doença. Foto: Lucas Silva/Secom

A terceira edição do “Bate-papo Amazonas”, transmitida nesta segunda-feira (24/05), pelas redes sociais do Governo do Estado e pela rádio web Agência Amazonas, tirou as dúvidas da população sobre as medidas de prevenção e controle da dengue. De acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o inverno amazônico, que apresenta grandes volumes de chuvas, é o período de maior transmissibilidade da doença.

Os convidados do bate-papo, conduzido pelo jornalista Neto Pantoja, foram o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-AM, Elder Figueira; e o médico infectologista da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Antônio Magela.

Conforme levantamento da FVS-AM, o Amazonas registrou 7.832 casos notificados da doença, de janeiro até 15 de maio, um aumento de 38,62% em comparação com o mesmo período de 2020, com 5.650 casos. O acréscimo, aponta a FVS, pode estar relacionado às cheias dos rios, tendo em vista a estação chuvosa, típica do inverno amazônico, período de maior transmissibilidade da doença.

Convidados responderam dúvidas da população para combater a proliferação da doença. Foto: Lucas Silva/Secom

“O mosquito está muito bem adaptado ao convívio com os seres humanos. As ações estão muito relacionadas com a eliminação dos focos. Existem estimativas de que 80% dos criadouros estão nos quintais ou mesmo dentro de casa. Nós recomendamos às pessoas que inspecionem – 10 minutos semanais são suficientes – o quintal e todas as partes da casa, para verificar se há algum depósito acumulando água, que possa servir para o mosquito colocar seus ovos”, orientou Elder Figueira.

A FVS–AM coordena o Programa Estadual de Combate às Arboviroses; e tem realizado visitas aos municípios do interior para dar suporte nas ações de controle da dengue.

“A ideia é auxiliar os municípios capacitando os novos gestores. O Governo do Estado disponibilizou, no mês de abril, motocicletas que são fundamentais para fazer vigilância no caso das arboviroses, visita casa a casa, eliminação de focos. Essa visita aos municípios e a disponibilização de equipamentos são importantes para ter controle sobre essas epidemias”, acrescentou Elder.

O infectologista Antônio Magela ressaltou a importância de, ao observar sintomas de doenças infecciosas, procurar atendimento médico para que o quadro não evolua para formas graves.

“Nós sempre aconselhamos as pessoas que estão com doenças infecciosas. No início do quadro são muito semelhantes, nas primeiras 48 horas é difícil identificar ao certo qual a doença. Mas orientamos que sempre procure assistência na unidade de saúde mais próxima da residência, seja Unidade Básica de Saúde (UBS), policlínica, Serviço de Pronto Atendimento (SPA), o importante é procurar o serviço de saúde”, destacou Magela.

Próxima edição

O próximo “Bate-papo Amazonas” será realizado no mês de junho, trazendo temática relacionada à Semana do Meio Ambiente.