Sessão conta com três documentários sobre três personalidades essenciais na vivificação da produção e exibição de obras que resgatam a memória do cinema amazonense

O Cineclube de Arte apresenta, neste sábado (10/08), de 18h às 21h, a sessão “Cinema Memória” com obras do cineasta Sérgio Cardoso, no palco do Cineteatro Guarany, anexo ao Palácio Rio Negro, na avenida Sete de Setembro, Centro. Os filmes foram roteirizados e produzidos pelo diretor Sérgio Cardoso, e editados com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. A sessão tem classificação indicativa livre e entrada gratuita.

Promovida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, a exibição conta com três documentários sobre três personalidades essenciais na vivificação da produção, da exibição e da animação do cinema na Amazônia nos anos 60, 70, 80 e 90.

O objetivo é preservar o registro dessas personalidades que já se foram, o diretor e cineasta Sérgio Cardoso, destaca a beleza de poder observar que todos possuem uma vinculação espiritual com o cinema que carrega uma relação histórica.

“Durante muitos anos, quando não havia televisão, não havia essa comunicação universal que existe hoje, nós tínhamos o rádio e o cinema como grande fonte de inspiração”, lembra o cineasta. “Nós tínhamos a literatura da Biblioteca Pública de Manaus, o rádio, o cinema e a formação de grupos culturais importantes, como o Clube da Madrugada”, relembra.

“Eu considero esse trabalho de documentários que desenvolvo em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, como um informativo da memória. O povo precisa começar a valorizar e a divulgar a memória e a preservação da memória amazonense”, salienta o cineasta.

Filmes que serão exibidos:

“José Gaspar – O Cinéfilo Amazonense” (2018) – Direção: Sérgio Cardoso – Documentário – Entrevistado: José Gaspar com classificação etária livre.

Sinopse: O filme retrata a trajetória de José, um grande animador cinematográfico do Estado, que emigrou de Portugal com sua família entre 1965 e 1970 para a cidade de Manaus. Ele atuou como crítico cinematográfico no programa da Rádio Baré e participou de um grupo de estudo cinematográfico. Com a criação do auditório Alberto Rangel, José passou a exibir filmes renomados, atraindo um público interessado no cinema de arte brasileiro e internacional. O filme, gravado antes de seu falecimento, conta a vida dos exibidores e sobre aqueles que gostavam de cinema de uma forma educativa.

“Arte, Cultura e Tradição no Amazonas de Luiz Maximino de Miranda Correa Neto” (2022) – Direção: Sérgio Cardoso – Documentário – Entrevistado: Luiz Maximino de Miranda Correa Neto com classificação etária livre.

Sinopse: Luiz, sociólogo e membro de uma das famílias históricas do ciclo da borracha no Amazonas, foi proprietário de um banco e fundou a produtora e distribuidora de filmes LM Cinematográfica. A empresa colaborou com cineastas brasileiros, incluindo Walter Hugo Cury e Márcio Souza. Em 1972, Luiz produziu o filme “A Selva”, dirigido por Márcio Souza, dando visibilidade à paisagem e à cultura da cidade de Manaus. Luiz aborda no filme sobre sua trajetória de vida e de toda sua relação familiar. Além de possuir uma trajetória no cinema, foi um entusiasta do cinema no Amazonas. Ele era um homem de uma delicadeza, de um brilhantismo, de uma generosidade como jamais foi vista.

“Joaquim Marinho – O Comunicador Cultural do Amazonas” (2018) – Direção: Sérgio Cardoso – Documentário – Entrevistado: Joaquim Marinho com classificação etária livre.

Sinopse: Joaquim Marinho, animador cultural e colecionador de artes, é um diretor que trouxe para Manaus o tônus da modernidade nos grandes centros culturais do Brasil. Em 1969, ele organizou o primeiro Festival Norte de Cinema Brasileiro, um evento marcante que trouxe para a cidade filmes de cineastas renomados, como Julio Bressane e Joaquim de Andrade. Além disso, Marinho, em parceria com António Gavinho, criaram uma rede de cinema de rua em Manaus, homenageando figuras como Chaplin, Carmen Miranda e Elvis Presley.