Foi viabilizado cerca de 1,8 tonelada de alimentos não perecíveis e o fornecimento de água potável para os municípios

Para dar assistência às famílias afetadas pela estiagem histórica, a maior registrada no Amazonas em 121 anos, o Governo do Amazonas atuou de forma integrada com os órgãos estaduais e federais, prefeituras e Forças Armadas, na Operação Estiagem 2023, executando ações que garantiram acesso à água potável e segurança alimentar para moradores dos 62 municípios do estado.

O governador Wilson Lima instaurou o Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, que reuniu as ações de pronta resposta. “O trabalho desenvolvido pelo Governo Estadual permitiu com que esse momento crítico fosse reduzido. E o Comitê Intersetorial deu um controle maior, e em menos de dois meses, o estado conseguiu levar toda a ajuda humanitária necessária para minimizar os impactos que a estiagem causou na população”, explicou o secretário da Defesa Civil, coronel Máximo.

Nesse período, o Governo Estadual, por meio da Defesa Civil do Amazonas, entregou 95.855 cestas básicas, o que equivalente a 1.802 toneladas de alimentos não perecíveis que foram destinados aos ribeirinhos dos lugares mais longínquos do estado.

Também foram distribuídos 109.178 mil litros de água tratada e instaladas 65 estruturas de tratamento de água nas comunidades afetadas, em um trabalho conjunto da Defesa Civil com a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) para a execução do programa Água Boa.

Água potável

A Defesa Civil distribuiu, ainda, 83.340 litros de água mineral; foram instalados 53 purificadores de água e sete Estações de Tratamento de Água Móvel (Etam’s) nos municípios de Careiro da Várzea, Uarini, Tefé, Parintins, Japurá, Fonte Boa e Manaquiri, sendo que oito estão em processo de montagem. As estruturas foram instaladas em uma embarcação e têm a capacidade de atender até 5 mil pessoas por dia, com água potável.

A logística de trabalho teve apoio aéreo, fluvial e terrestre da Marinha, Exército e Aeronáutica, assim como de órgãos estaduais e federais. Desde o início da gestão estadual, a Defesa Civil do Amazonas fez a entrega de 472 purificadores para os municípios, beneficiando 160 mil pessoas beneficiadas. Assim como foram instaladas 15 Estações de Tratamento de Água Móvel (Etam) nos municípios.

Em relação ao fornecimento de água, a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) fez investimentos focados na melhoria das estruturas dos sistemas de abastecimento dos municípios, para garantir o acesso à água potável para a população.

No período mais crítico da estiagem, foram instalados sistemas simplificados de captação e tratamento de água em comunidades ribeirinhas dos municípios de Careiro da Várzea, Tabatinga, Benjamin Constant e Parintins, totalizando 5 sistemas.

Além da manutenção do sistema da comunidade Foz de Tapuá e Tambaquizinho, em Tapauá.  A Fundação de Vigilância também em Saúde enviou 1.681.350 hipoclorito de sódio para o tratamento de água durante o período.

A Companhia realizou a doação de 129.192 mil copos com água tratada envasada para distribuição nas localidades afetadas, o equivalente 25.838 litros de água. Duas máquinas purificadoras de água para abastecimento de garrafões de 20 litros foram instaladas nos municípios de Tefé e Tabatinga.

A Companhia executou periodicamente a dragagem, barragem hidráulica e desobstrução frequente do canal de entrada do Igarapé do Ajaratuba, em São Paulo de Olivença. Também foi feita a perfuração de um novo poço tubular para abastecimento do bairro Gilberto Mestrinho em Nhamundá. Houve monitoramento da vazão e do nível estático e dinâmico dos poços tubulares para rebaixamento planejado dos conjuntos motobombas.

A Cosama realizou ainda o abastecimento de caminhões pipa, em apoio às prefeituras municipais, para distribuição de água em áreas críticas, em parceria com a Defesa Civil; foram produzidos 300 mil copos para distribuição nas localidades afetadas.       

“É uma satisfação participar desse programa, e dizer que a missão foi cumprida pelo Governador Wilson Lima. Tivemos uma atuação em 20 municípios, entregando água, fazendo o (projeto) água boa e levando alimento para as pessoas. Foi fundamental levar dignidade para as pessoas, principalmente para as pessoas que mais precisam”, disse o diretor-presidente da Cosama, Armando do Valle.

Merenda em Casa

O Governo do Amazonas entregou cestas básicas do programa Merenda em Casa, coordenado pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, para os 7,3 mil alunos que foram afetados pela severa seca no estado, este ano. Dos 62 municípios do Amazonas, 59 dependem do transporte hidroviário. Com a seca histórica deste ano e a impossibilidade de alunos de comunidades rurais, das cidades afetadas, chegarem às escolas da rede estadual, as aulas passaram a ser à distância e a entrega da merenda escolar a ser feita em casa.

“A estiagem foi desafiadora, principalmente, para as famílias ribeirinhas e no entorno de Manaus. Na educação, tivemos 40 municípios paralisados e os alunos não conseguiram chegar às escolas pela questão de acesso. Trabalhamos os dois programas, que foi o Merendo em Casa, que levou o alimento para esse aluno onde ele residia. E na questão do conteúdo pedagógico, através de portarias junto com o Conselho Estadual de Educação, tivemos o Aula em Casa”, comentou a secretária de educação, Kuka Chaves. 

Outra medida no combate à insegurança alimentar durante o período da estiagem, foi a oferta gratuita de refeições nos restaurantes populares mantidos pelo Estado. O programa Prato Cheio distribuiu 352.294 refeições gratuitas em dois meses nos municípios com restaurantes populares que foram afetados pela seca.