Obras beneficiam 90% da população da área urbana de Maués e poços movidos a energia solar atendem comunidades indígenas
PROSAIMAUÉS BENEFICIOU AS COMUNIDADES INDIGENAS FOTOS: Tiago Corrêa / UGPE

No dia Mundial da Água, comemorado nesta segunda-feira, 22 de março, o Governo do Estado, por intermédio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), ressalta os avanços obtidos através das obras do Programa de Saneamento Integrado de Maués (ProsaiMaués).

Cumprindo sua proposta de saneamento básico, abastecimento de água e a requalificação urbanística das margens das lagoas do Prata e do Maresia, o ProsaiMaués, por meio de suas obras, garantiu a captação, reservação e distribuição de água potável para 90% da população de Maués, como também, colaborou para a preservação das águas do Rio Maués-Açu, com obras de saneamento básico que realizam a coleta e o tratamento de esgoto de mais de 50% da população do município.

Com o programa, o município de Maués ganhou sete poços para captação de água na área urbana do município. O ProsaiMaués também construiu cinco novos reservatórios de água, nos bairros do Ramalho Junior, Santa Luzia e Maresia.

Com todas essas obras, a capacidade de armazenamento de água do município aumentou em sete vezes, saltando de 227 metros cúbicos (m³) para 1.700 m³ de capacidade de reserva, o que dá aos moradores segurança no abastecimento regular. Por causa de constantes quedas no fornecimento de eletricidade, esse reservatório não armazenava água suficiente para atender a população de pouco mais de 60 mil habitantes, que sofria com o desabastecimento.

A autônoma Ângela Mendonça Soares, 55 anos, afirma que durante toda sua vida sofreu com a falta d’água, a dona de casa conta que durante toda sua vida precisou armazenar água porque não havia abastecimento regular.

“Desde que o ProsaiMaués chegou nunca mais sofremos com falta d’água. Hoje já posso ter a tranquilidade de quando precisar fazer comida ou lavar roupa sei que vou ter água na torneira”, afirmou a autônoma.   

O ProsaiMaués construiu 13 poços artesianos, com sistema movido à energia solar em comunidades indígenas da etnia Sateré-Mawé.  As comunidades enfrentavam problemas de abastecimento de água potável no período de seca, época em que o nível da água dos rios baixa e dificulta o abastecimento, devido à distância, e a qualidade da água, com os níveis baixos do rio Maués Açu.

Além de corrigir esses problemas de abastecimento de água para os indígenas, o programa construiu estruturas de saneamento básico, implantando um sistema de esgotamento sanitário ligado a um banheiro equipado com pias e torneiras, distribuídas pela comunidade para facilitar a coleta dessa água potável.

As comunidades indígenas beneficiadas são Monte Salém, Novo Belo Horizonte, Terra Nova, Boas Novas, Sagrada Família, Santo Anjo, Livramento I, Livramento II, Nova Liberdade, Santa Izabel, Marau Novo, São Benedito e São Pedro.

O agente de saúde indígena, José da Silva, afirma que as dificuldades eram maiores no período da seca, época em que precisavam andar grandes distâncias para conseguir pegar água.

“Na época da seca a água ficava suja e distante, as crianças ficavam mais doentes quando bebíamos água da seca, e hoje com o poço as crianças não adoecem mais”, afirmou o indígena.  

O coordenador executivo da UGPE, o engenheiro civil, Marcellus Campêlo, afirmou que as obras inauguradas pelo governador Wilson Lima, em outubro de 2019, se arrastavam desde 2013 e não eram concluídas.

“O Governo do Estado e a administração do governador Wilson Lima, contemplaram o município de Maués com o maior pacote de obras dos últimos 30 anos, incluindo além das obras de saneamento básico e abastecimento hídrico, requalificações urbanísticas, luzes de led, novas áreas de lazer e o reassentamento de 208 famílias que residiam nas Lagoas do Maresia e do Prata”, afirmou Campêlo.