O ciclo de palestras marcou o início da participação da autarquia na 7ª edição do evento, que começou nesta quarta-feira (09/08) e segue até domingo (13/08)

FOTOS: Divulgação/ Adaf

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) deu início, nesta quarta-feira (09/08), a um ciclo de palestras durante a 7ª edição da Feira de Agronegócios Nilton Lins, que iniciou hoje e segue até domingo (13/08), no campus da Universidade Nilton Lins, bairro Flores, zona centro-sul de Manaus. Neste primeiro dia de atividades, universitários, profissionais do setor primário e produtores puderam obter conhecimentos sobre uso de agrotóxicos, influenza aviária e a praga quarentenária mosca-da-carambola.

A primeira palestra do dia iniciou às 9h e foi comandada pela engenheira agrônoma da Gerência de Agrotóxicos e Insumos Veterinários (Gaiv), Cristiane da Silva Klehm. Os níveis de toxicidade dos defensivos agrícolas, suas aplicações, venda legalizada e a importância do uso correto deste tipo de produto estiveram entre os pontos destacados por Klehm.

“Costumo dizer que, dependendo do nível de toxicidade do agrotóxico, uma colher de chá é suficiente para levar alguém à morte. Por isso é essencial ter a orientação de um profissional habilitado para manipular estes produtos, assim como seguir a legislação”, destacou.

Durante a explanação, a engenheira agrônoma da Adaf falou também sobre a importância do receituário agronômico no ato da compra deste tipo de produto, do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para prevenir intoxicações de longo e curto prazo, e do descarte correto de embalagens vazias.

“O agrotóxico é um mal necessário. O que diferencia o remédio do veneno é a quantidade. Por isso, o trabalho da Adaf é conscientizar quem lida com estes produtos e garantir a qualidade dos alimentos que chegam à mesa das famílias amazonenses”, disse.

Influenza aviária

Pequenos produtores de aves da região metropolitana de Manaus assistiram à palestra “Influenza Aviária, noções sobre a doença, panorama nacional e medidas de biossegurança”, proferida pela médica veterinária Fernanda Rech, da Adaf. Os criadores tiraram dúvidas e receberam orientações sobre como proteger seus plantéis.

A médica veterinária ressaltou que não há casos confirmados da doença no Amazonas, mas os produtores precisam ficar atentos a sinais como mortalidade repentina de aves, edema na face, diarreia, pescoço torto e sintomas respiratórios, entre outros. “Chame a Adaf porque algo estará errado”, alertou, enfatizando a importância de manter as aves em espaço telado e coberto, para evitar contato com aves silvestres.

Mosca-da-carambola

A terceira e última palestra da Adaf foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Cláudio Gurgel, da Gerência de Defesa Vegetal (GDV), e teve como tema a praga quarentenária mosca-da-carambola. A praga, que não oferece risco à saúde humana, é uma das principais ameaças à fruticultura brasileira, e segue sem ocorrência no Amazonas.

Cláudio explicou aos presentes que, no estado, o monitoramento desta praga é realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com o apoio da Adaf, e acontece por meio de armadilhas do tipo Jackson, que utiliza uma base colante e feromônio para atrair os insetos machos.

“O monitoramento é feito pelo Ministério, mas nos municípios de Parintins e Nhamundá a Adaf já realiza o monitoramento. O objetivo é manter o estado livre da praga e zelar pela fruticultura local”, disse.

O público obteve informações também sobre o ciclo de vida e as características da mosca-da-carambola, que vive, em média, 120 dias e pode depositar até 1,5 mil ovos nos frutos, e a importância de não transportar para o Amazonas frutos hospedeiros da praga de locais com ocorrência da praga.

Entre os frutos hospedeiros da Mosca-da-carambola estão manga, goiaba, tomate, acerola e pimenta-de-cheiro, entre outros. “As pessoas devem estar atentas para não transportar frutos e sementes. O homem é o maior dispersor de pragas vegetais e isso ocorre, às vezes, de forma involuntária. Então a conscientização é o nosso maior aliado”, destacou Cláudio.

Para monitorar a entrada desta praga no Amazonas, a Adaf promove fiscalizações por meio das suas Barreiras de Vigilância Agropecuária (BVAs), inspecionando cargas e orientando a população sobre o transporte de frutos, além de realizar ações de educação sanitária.