Defesa Civil do Amazonas e Cosama coordenam as frentes de trabalhos que garantem dignidade às famílias que moram em lugares mais distantes no Amazonas

FOTOS: Alex Pazuello/Secom

O acesso à água potável nesse período da maior estiagem da história do estado vem sendo viabilizado pelo Governo do Amazonas e garantindo dignidade e qualidade de vidas às famílias afetadas, principalmente, os ribeirinhos de comunidades longínquas do estado. Essa frente de trabalho é realizada pela Defesa Civil do Amazonas e Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), que já instalaram mais de 400 purificadores de água nas localidades. 

Desde o início da gestão estadual, a Defesa Civil do Amazonas instalou cerca de 400 purificadores de água em 52 municípios amazonenses. Atualmente, 60 estruturas estão em processo de instalação no estado. 

“Esse projeto tem um grande alcance na área da saúde, e o governador Wilson Lima, desde 2019, tem ampliado as nossas capacidades para que pudéssemos levar o maior número de purificadores de água até às comunidades ribeirinhas; temos já quase 400 purificadores e, neste ano, já no período da estiagem, instalamos 50 e temos mais 60 em fase de instalação”, explicou o secretário da Defesa Civil do estado, coronel Francisco Máximo.

Ele também pontuou sobre a importância das Estações de Tratamento de Água Móvel (Etam) nos municípios. Essas estruturas ficam instaladas em um barco equipado, e tem a capacidade de atender até 5 mil pessoas por dia, com água potável. 

“As estações móveis de tratamento já totalizam 15 estruturas em diversos municípios, principalmente, nos polos para que as comunidades ribeirinhas no entorno possam receber água tratada diretamente nessas embarcações; elas têm uma capacidade maior de fornecimento e, por essa razão, elas têm atendido um número maior de comunidade. Entendendo a importância desse programa, o governador assumiu o compromisso de instalar mil purificadores pelos próximos quatros anos”, disse. 

FOTOS: Alex Pazuello/Secom

Mais água tratada

A Cosama instalou 33 sistemas do projeto Água Boa em 31 comunidades ribeirinhas de 13 municípios. Cerca de 70 mil copos de água tratada foram repassados para os municípios que estão enfrentando dificuldades causadas pelo fenômeno da seca dos rios. A meta é entregar 300 mil copos, segundo o diretor-presidente da Cosama, Armando do Vale. 

“Temos trabalhado para atender as pessoas que mais precisam nesse momento. Estamos com uma média de 60 colaboradores nessa operação. A nossa meta é entregar 300 mil copos de água por solicitação da Defesa Civil. Entregamos atualmente em Benjamin Constant os sistemas, e fico feliz em ver a felicidade das pessoas em ter água tratada”. 

A comunidade de Lauro Sodré, em Benjamin Constant (a 1.118 quilômetros de Manaus), é uma das que recebeu a instalação de sistemas simplificados do Projeto Água Boa da Cosama, no último dia 27/10, beneficiando mais de 100 famílias da etnia Ticuna. A estrutura dos sistemas possui duas caixas d’água com purificadores, por onde é feito o processo de tratamento da água após ser captada dos rios, para beneficiar as famílias com água potável. 

“Nossa comunidade estava sofrendo mesmo sem água e isso trazia muito sofrimento porque também temos as crianças que pegam diarreias tomando a água sem tratamento, mas como chegou essa estrutura está sendo uma bênção, e estamos muito felizes com essa água que temos agora”, disse a professora Cristina Clemente da comunidade Lauro Sodré.

A Cosama ainda instalou máquinas nos municípios de Tefé e Tabatinga. Os equipamentos têm capacidade de purificar 3 mil litros de água por dia, equivalente a 150 garrafões com água tratada e natural diariamente. “As máquinas purificadoras são uma inovação. Temos uma Tefé e outra em Tabatinga. Em breve, deve chegar na cidade de Atalaia do Norte. Isso facilita a vida de todo mundo porque conseguimos entregar cerca de 150 garrafões com água tarada e limpa”, disse Armando do Vale. 

Processo de enchente e vazante

Das nove calhas dos rios no Amazonas, cinco estão em processo de enchente e quatro em final de vazante, conforme informações da Defesa Civil do Amazonas. Estão em processo de enchente as calhas dos rios Juruá, Purus, Madeira, Alto Solimões e Rio Negro. Já em final de vazante estão as calhas do Médio Solimões, Baixo Solimões, Médio e Baixo Amazonas.