Monitoramento nas áreas do Prosamim. Foto: Tiago Corrêa / UGPE

Com a previsão de cheia histórica do Rio Negro, o Governo do Estado, através da subcoordenadoria de planejamento da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), iniciou, nesta segunda-feira (24/05), o monitoramento nas áreas de intervenção do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), a fim de avaliar a possibilidade de impactos da cheia do Rio Negro, que tem previsão de ultrapassar a cheia histórica de 2012, quando o rio alcançou a marca de 29,97m.

As visitas iniciaram nas proximidades do igarapé do 40, no parque linear do 40, parques residenciais Cajual, Liberdade e Cachoeirinha, todos localizados na zona sul, e se estenderam por todos os residenciais construídos pelo Programa, em suas três etapas.

Monitoramento nas áreas do Prosamim. Foto: Tiago Corrêa / UGPE

Iniciado em 2006, o Programa atua na solução dos problemas ambientais, urbanísticos e sociais que afetam a cidade de Manaus e seus habitantes, especificamente aqueles que vivem abaixo da cota de 30 metros, tomando como referência o nível do Rio Negro. O nível é definido com base no Plano Diretor de Manaus e em estudos hidrológicos, elaborados a partir das estatísticas existentes. A maior cheia histórica do Rio Negro ocorreu em 2012, quando o rio Negro atingiu 29,97 metros, porém, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), há previsão que neste ano, o nível das águas atinja até 30,50m.

A visita técnica nos residenciais da bacia do igarapé do 40, como Parque Residencial Liberdade e Parque Residencial Cachoeirinha, visam monitorar a segurança das famílias beneficiadas pelo Prosamim, bem como, catalogar dados para o planejamento de medidas de contingência emergenciais, caso as unidades habitacionais do programa sofra impactos com a possível cheia histórica deste ano.

De acordo com o subcoordenador setorial de Planejamento, Controle e Gestão da UGPE, Leonardo Barbosa, a unidade iniciou uma série de levantamentos nos residenciais construídos pelo Programa, no intuito de avaliar se há áreas com potencial de serem afetadas pela cheia e estabelecer as medidas emergenciais adequadas, que poderão ser adotadas pelo Governo do Estado e os demais órgãos competentes para mitigar os efeitos, caso seja necessário.

Monitoramento nas áreas do Prosamim. Foto: Tiago Corrêa / UGPE

“No primeiro momento, estamos avaliando se há conjuntos residenciais construídos pelo Programa suscetíveis aos efeitos da cheia; qual a possibilidade e extensão dos impactos nesses conjuntos residenciais, caso as previsões se concretizem, e o quantitativo de pessoas que, eventualmente, serão afetadas, para possamos estabelecer antecipadamente os meios, ações, estratégias e atores responsáveis, para que as soluções emergenciais possam ser colocadas em prática de imediato para mitigar os efeitos, se necessário”, explica Barbosa.

O engenheiro civil especialista em saneamento, Florentino Machado, afirma que foi analisada a influência do nível do Rio Negro nas áreas de intervenção do Prosamim, no Igarapé do 40.

“O levantamento observou as condições dos taludes, o nível das águas em áreas de intervenção do programa, observando a vazão das drenagens e contextualizando com as previsões dos órgãos competentes sobre a subida do rio”, afirmou Machado.

O Coordenador Executivo da UGPE, Engenheiro Civil Marcellus Campêlo, salientou que o Prosamim se consolidou ao longo dos anos como um Programa que cuida de seus beneficiários antes, durante e após as intervenções; e que a determinação do Governador Wilson Lima é que o Estado adote todas as providências necessárias para conter potenciais efeitos da cheia nos parques residenciais, construídos pelo PROSAMIM, a exemplo do que já tem sido feito pelo Governo do Estado no interior, severamente afetado pela cheia.