As exposições atraíram turistas e visitantes que puderam adquirir produtos e artigos artesanais da cultura e economia dos povos originários
A 18ª Mostra de Artesanato e Economia Solidária e a III Feira de Artesanato Indígena, realizadas durante a temporada do Festival Folclórico de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), geraram renda para os artesãos indígenas e empreendedores, na ordem de R$ 1 milhão, com a comercialização de produtos e artigos artesanais da cultura e economia dos povos originários da Amazônia.
A tradicional tenda do Artesanato e Economia Solidária é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
O espaço, localizado na Praça da Catedral, recebeu uma média de 30 mil pessoas que puderam conferir as exposições de 54 artesãos. Um total de 54.920 mil peças foram comercializadas, resultando em uma arrecadação de mais de R$ 969 mil, superando as vendas do ano de 2022, que foi de mais de R$ 500 mil.
O artesão Arthur Vinicius afirmou que possuir um estande no evento foi motivo de alegria. Ele agradeceu ao Governo do Estado pela oportunidade de expor e comercializar os produtos. “Quero agradecer o Governo do Estado e a Setemp pelas portas de negócios que foram abertas, a partir dessa mostra do artesanato amazonense que aconteceu nesses dias do festival de Parintins. Muitas pessoas com certeza levaram um pouquinho da nossa cultura para suas cidades”.
O titular da Setemp, Paulo Gilson, comemorou o resultado. “Fico agradecido com o sucesso da exposição, pois os nossos artesãos conseguiram ter boas vendas, e isso é ótimo para o trabalho deles, além de agregar valor à nossa cultura amazônica”, disse.
Feira de Artesanato Indígena
A III Feira de Artesanato Indígena, promovida pela Fundação Estadual do Índio (FEI), atraiu visitantes e turistas com o intuito de incentivar o empreendedorismo e o etnodesenvolvimento de indígenas oriundos dos municípios de Manaus, Parintins, Nhamundá, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Rio Preto da Eva e Barreirinha.
A feira ocorreu, entre os dias 27 de junho e 2 de julho, gerando uma renda de mais de R$ 175 mil reais em vendas de produtos. Entre os produtos mais vendidos estão os cordões, pulseiras, brincos e cachaças de produção artesanal confeccionados por 70 artesãos indígenas de diversas etnias. O diretor-presidente da FEI, Sinésio Trovão, pontuou a importância do artesanato na cultura e na economia dos povos originários do Amazonas.
“Esse é o maior festival folclórico da Amazônia. E nós, do Governo do Estado, temos a oportunidade de fortalecer a cultura e a economia dos nossos parentes artistas, pois eles puderam mostrar um pouco das suas obras e talento que é passado de geração em geração entre nós povos da floresta”, disse.
Para a artesã Bia Kokama, participar da feira foi um momento mágico, pois os torcedores dos bumbás consumiram e prestigiaram a verdadeira arte originária. “Foram dias de muito trabalho e de muita emoção porque nós povos indígenas ficamos muito felizes em saber que o Governo do Amazonas, através da fundação, se preocupa com a maneira que vamos se sustentar e, principalmente, em gerar renda por meio do nosso trabalho. Eu vendi 90% dos meus produtos que eu trouxe e volto com a sensação de dever cumprido”, contou.
Grafismo indígena
Durante a programação da feira, os visitantes tiveram também a oportunidade de realizar a pintura corporal que demonstra os sentimentos, a força e a valorização da natureza dos grafismos étnicos. No total, a oficina recebeu mais de 20 mil turistas que contemplaram a arte dos povos da floresta.