A data foi publicada nesta terça-feira (11/07) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no Diário Oficial da União

FOTO: Joubert Lima/Adaf

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) informa aos produtores locais de soja que o período de semeadura do grão no estado será realizado de 16 de setembro a 24 de dezembro deste ano. O Calendário de Semeadura de Soja para a Safra 2023/2024 foi publicado, nesta terça-feira (11/07), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Diário Oficial da União (DOU).

A estratégia fitossanitária acontece no âmbito do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) e tem o objetivo de racionalizar a aplicação de fungicidas, e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da praga Ferrugem Asiática, às moléculas químicas utilizadas no controle da doença. 

Portaria nº 840/2023 estabelece o período regular de plantio de soja em 21 unidades da federação: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. A iniciativa atua de forma complementar ao período do Vazio Sanitário da Soja, que está vigente, no Amazonas, até o dia 15 de setembro.

Durante o período do vazio sanitário, os produtores ficam proibidos de plantar e manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento. A intenção é reduzir ao máximo o inóculo da doença, considerada uma das mais severas a atingir a cultura, e passível de ocorrer em qualquer fase de desenvolvimento da planta.

Mudanças

O engenheiro agrônomo da Gerência de Defesa Vegetal (GDV) da Adaf, Cláudio Gurgel, explica que no comparativo com o calendário de semeadura anterior, o Mapa promoveu alterações. Nesta nova safra, o ministério levou em consideração dados do Consórcio Antiferrugem, que identificou um aumento expressivo de relatos da incidência da praga na safra 2022/2023. O motivo seria o regime de chuvas registrado à época, conforme dados divulgados pela Embrapa Soja.

“Para prevenir possíveis prejuízos aos sojicultores, a Secretaria de Defesa Agropecuária adotou um período limitado de 100 dias corridos para os calendários de semeadura em todos os estados produtores de soja. O propósito é evitar epidemias severas da doença durante a safra”, esclarece Cláudio.

No Amazonas, os municípios de Humaitá, Lábrea e Canutama estão entre os principais produtores de soja. O estado não possui casos registrados da praga Ferrugem Asiática.