Protocolo firmado entre Governo do Estado e Projeto Zagaia prevê investimento na ordem de R$ 1,2 bilhão para incremento sustentável em toda cadeia do agronegócio naquela região

ARTE: Divulgação/Projeto Zagaia

Um protocolo assinado entre o Governo do Amazonas e o Projeto Zagaia Agro, em 2020, prevê a criação do Polo Agroindustrial Portuário e Logístico de Humaitá, no sul do Amazonas, para fomentar a produção de grãos como: milho, soja, arroz, feijão, dentre outros, e gerar, em até quatro anos, cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos, a médio prazo. O projeto está em fase de implantação e terá o aporte de R$ 1,2 bilhão para incremento sustentável em toda cadeia do agronegócio naquela região.

Para o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Sedecti), Angelus Figueira, o projeto Zagaia atende a uma construção que o Governo do Estado vem fazendo, no sentido de desenvolver novos vetores e potencializar a matriz econômica existente.

“Esta iniciativa vem ao encontro do Plano de Desenvolvimento Econômico, que o Governo do Amazonas está desenvolvendo para incrementar outros vetores econômicos, a partir das nossas vocações, a médio e longo prazos”, considerou Figueira.

A ideia, segundo o diretor regional de criação do Projeto Zagaia, Ulisses Albuquerque, visa fomentar em larga escala a produção de grãos de toda cadeia do agronegócio, agrupando tanto a parte de plantio quanto da agroindústria, logística e cadeias secundárias.

De acordo com Albuquerque, os investimentos serão feitos como parte do projeto Zagaia Agro, por meio do consórcio estruturado por grandes produtores do Sul e Centro-Oeste do País, de fundos de investimentos e linhas de financiamento bancário (BNDES).

“Na prática, o projeto será desenvolvido dentro de um raio de operação inicial de 200 quilômetros até o polo, com o aproveitamento total das áreas degradadas, antropizadas e do bioma cerrado amazônico, todas de forma totalmente sustentável”, destaca o diretor.

Potencialidade

A região sul do Amazonas tem se destacado no potencial para produção de grãos como a soja e milho. Em Humaitá, constituindo-se em nova fronteira agrícola para produção de grãos, são mais de 100 mil hectares com potencial de cultivo imediato, justificando assim investimentos públicos e privados, com a perspectiva de criação de uma nova matriz econômica no Estado, em especial no sul do Amazonas.

A produção estimada de soja, por safra, para o período de 2023 a 2026, é de 180 mil toneladas (55 sacas por hectare), em área plantada de 55 mil hectares, através de vários produtores.

E a produção prevista de milho, por safra, para o período de 2023 a 2024, é de 290 mil toneladas (90 sacas por hectare), em área plantada de 55 mil hectares.

Ulisses Albuquerque destacou que o complexo de logística operacional no sul do Amazonas, via hidrovia do rio Madeira, previsto para o período de 2023 a 2026, contemplará as seguintes atividades: Implantação do Polo Agroindustrial, Portuário e Logístico com área de 1,5 mil hectare; fábrica de ração animal; Centro de armazenagem de grãos; Trading para operação regional; Porto graneleiro; Cooperativas de produtores de grãos; Cooperativas para fomento de pequenos e médios criadores de aves; Usina misturadora de fertilizantes (NPK) e moagem de calcário; Terminal Portuário de Combustíveis; Estrutura de Porto e Retroportos diversos; Estaleiro Naval e Hub de manutenção; Indústrias de processamento de grãos, dentre outros.

O protocolo de intenções para o Distrito Agroindustrial de Humaitá foi celebrado em 9 de janeiro de 2020. E, atualmente, encontra-se em fase de implantação.