Os alunos de Engenharia Civil participaram de visita guiada ao primeiro residencial que está sendo construído na nova etapa do programa

Foto: Tiago Corrêa – UGPE

O conceito de integralidade que envolve o novo Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), com práticas sustentáveis que vão além do canteiro de obras, foi um dos destaques que chamou a atenção dos estudantes do 8º período do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em visita guiada realizada nesta sexta-feira (26/08).

A visita faz parte da ação denominada “Tô na Obra”, realizada pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas, com o objetivo de dar transparência e abrir as portas do órgão e das obras que executa para a comunidade.

Os estudantes da Ufam foram ao canteiro de obras do primeiro residencial que está sendo construído pela UGPE, nessa nova etapa do Posamin+. Puderam constatar que os aspectos socioambientais do programa vão muito além da construção de moradias. No local, verificaram as práticas sustentáveis de construção aplicadas no canteiro de obras, como o reaproveitamento da água usada na lavagem de betoneiras.

Tiveram também contato com o conceito mais amplo do Prosamin+, um programa de saneamento básico, com forte arcabouço social e ambiental, que tira as pessoas de condições insalubres e sob risco de alagação em igarapés, para reassentá-las em ambientes seguros. Ao mesmo tempo, transforma esses espaços em ambientes adequados para o convívio social.

Foto: Tiago Corrêa – UGPE

Para a coordenadora executiva em exercício da UGPE, o projeto “Tô na Obra” tem importante papel ao dar transparência às ações junto à comunidade e também proporcionar a troca de experiências e conhecimentos com os vários públicos de interesse. “A gente consegue trazer esse público para dentro da obra e fazer com que enxergue a concepção, na íntegra, desse programa que é tão importante para a cidade e que é referência nacional e internacional”, explicou.

O universitário Leonardo Dávila se mostrou surpreso com o conceito integralista do programa. “Foi falado da parte de sustentabilidade socioambiental, o pensamento que vai além do modelo construtivo, mostrando uma obra que engloba pessoas, o ambiente e a sociedade. Vimos também um avanço muito grande em relação às primeiras obras do Prosamin, que já aponta para um marco do que era antes e o que vai ser depois, e que só tende a evoluir”, afirmou.

O subcoordenador Ambiental da UGPE, Otacílio Cardoso, enfatizou a importância da conexão com a academia.

“É muito importante esse contato para que a gente faça também esse processo de interação com a universidade. Aqui, demonstramos a importância de se ter um gerenciamento, uma gestão ambiental aprimorada, os novos conceitos para que se possa ter uma obra com um toque verde e para um programa social e ambiental eficaz e assertivo”, ressaltou.

Marivone Souza de Oliveira, professora da turma nas disciplinas de Construção Civil, Técnica de Construção Civil e Engenharia de Segurança, classificou a visita como a continuidade de um ciclo que é justamente o aprendizado, só que na prática. “Na sala de aula, eu faço tudo o que posso para introduzir o pessoal com a relação à parte executiva, aos procedimentos. Mas quando estou numa sala de aula, por mais que eu mostre um vídeo, ainda vai ser a sala de aula, ainda vai ser teoria. Eu não tenho outra forma melhor, se não trazendo a turma para uma visita técnica, para um acompanhamento, para que possam visualizar na prática aquilo que eu dou em sala de aula”, frisou.