Encerramento do curso de confecção de máscaras de tecido – Foto: Divulgação/Seap

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou, nesta terça-feira (25/08), a cerimônia de encerramento do curso de Confecção de Máscaras de Tecido para as detentas do Centro de Detenção Provisória Feminina (CDPF), localizado no km 08 – BR-174 (Manaus-Boa Vista). A capacitação teve início em julho e chega ao fim com 13 apenadas certificadas.

Na ocasião, foi inaugurada a sala de corte e costura da unidade, local onde as internas produziram o número de 1108 máscaras de tecido dupla face. As seis máquinas de costura e os demais insumos utilizados para a confecção das máscaras foram doados pelo Fundo de População da Organização das Nações Unidas (UNFPA/ONU), parceiro responsável pela iniciativa.

“As máscaras serão destinadas à ‘Operação Acolhida’, coordenada pelo Governo Federal, tanto no estado do Amazonas quanto em Roraima, onde atuamos no acolhimento da população migrante e refugiada venezuelana presente nos estados”, revelou a coordenadora do UNFPA do Amazonas, Débora Rodrigues. Parte dos itens será distribuída também entre os colaboradores do CDPF e os públicos externo e interno da Seap.

Débora explicou o objetivo da parceria. “Além da produção das máscaras, essa parceria tem como objetivo propiciar uma oportunidade para as mulheres custodiadas adquirirem novas habilidades e as utilizarem como ofício fora do centro de detenção, se assim desejarem”.

O secretário da pasta, coronel Vinícius Almeida, esteve presente na cerimônia, onde parabenizou as reeducandas e relembrou o marco histórico alcançado recentemente na Penitenciária Feminina de Manaus (PFM), que consiste em 100% das internas trabalhando. “É isso que queremos para o CDPF também. Juntos vamos revolucionar o sistema prisional do Amazonas. Mas precisamos que confiem no nosso trabalho, queiram e entendam que é possível virar a página. Queremos que saiam daqui melhores do que entraram”, disse Almeida.

Sobre o curso – Com carga horária de 120 horas, as reeducandas aprenderam desde noções de corte ao manuseio do maquinário e das linhas, até os tipos de tecido e modelos de máscaras.