Manejo sustentável do pirarucu e demais espécies de peixes estão sendo incentivados, beneficiando pescadores e ribeirinhos

Foto: Isaac Maia/Sepror

A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) destacou as ações que vêm sendo executadas pelo Governo do Amazonas para a conservação da Bacia Amazônica durante a abertura da Semana Águas, nesta terça-feira (21/05) e segue até a próxima sexta-feira (24/05), no Novotel, que tem o objetivo de debater conservação e o bem-estar dos ecossistemas aquáticos amazônicos.

O evento é promovido pela Aliança Águas Amazônicas, com o apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), da The Nature Conservancy, da FIU e da Wildlife Conservation Society como organização anfitriã.

De acordo com o chefe de departamento da Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura da Sepror, Marcio Pinheiro, a importância de estar presente neste evento é crucial, diante da dependência total do estado sobre esse recurso, sendo uma chance única, por se tratar de um encontro de vários profissionais e pesquisadores.

“Dependemos muito desse recurso aquático, tanto como peixe, quanto como outras espécies animais. Nós sabemos que a nossa população ribeirinha depende 100% desses recursos. E o beneficiário sempre vai ser a população da cidade. Porque os pescadores, a pescar, esse pescado é direcionado às cidades que são abastecidas com esse precioso recurso.”, disse Márcio.

Foto: Isaac Maia/Sepror

Incentivos

A Sepror tem incentivado o manejo e o consumo consciente de pirarucu proveniente de manejo sustentável, além do manejo de outras espécies, como o mapará, a pesca ornamental do aruanã e manejo sustentável de outras espécies de peixes lisos da região amazônica.

A pesca do pirarucu é realizada por meio de um manejo sustentável, o qual respeita os limites da capacidade do ambiente, evitando sua sobrepesca, promovendo ainda o desenvolvimento socioeconômico local e regional no Amazonas, oportunizando apoio técnico de todo Sistema Sepror desde o manejo à comercialização. O pirarucu só pode ser consumido com certificação de sua origem.

A piscicultura sustentável também vem sendo desenvolvida no Amazonas tornando-se essencial para garantir a produção de peixes com equilíbrio de aspectos ambientais, sociais e econômicos, por meio de viveiros, tanques e gaiolas, que utilizam espaços reduzidos se comparado às outras atividades, à exemplo da pecuária.

“A Sepror trabalha para que através do nosso auxílio e conhecimento, e com conhecimento compartilhado aqui, a gente possa executar políticas públicas para que possamos beneficiar os nossos pescadores, nossas populações”, disse Márcio Pinheiro.

Participação

O evento conta com a participação de mais de 100 especialistas acadêmicos, pesquisadores, aliados estratégicos e líderes de grupos organizados de pescadores e representantes de órgãos governamentais estratégicos, além de representantes do Equador, Paraguai, Chile, Colômbia, Estados Unidos.

Os palestrantes buscam compartilhar conhecimentos e aprendizados de cada região, com intuito de colaborar com soluções, visando a preservação da Bacia hidrográfica e os povos da Amazônia.