Oficina ajudou a difundir os conceitos da prática humanizada na atenção ao usuário e no cotidiano do servidor

Servidores da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fhuam) participaram, na quarta-feira (22/03), de uma oficina dirigida pela equipe da Gerência de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). A ação visa aprimorar a qualidade do atendimento público de saúde por meio da “Política Nacional de Humanização”, instituída em 2003 em todo o país pelo Ministério da Saúde. A implementação está ocorrendo em diversas unidades e instituições do sistema de saúde pública do estado.

Segundo o psicólogo Paulo Martins, coordenador do recém-criado Núcleo de Educação Permanente em Saúde e Humanização (NEPSHU) da Fuham, o trabalho ainda está na fase de amadurecimento de ideias, mas já apresenta boas perspectivas.

“A gente está conhecendo esse trabalho agora da SES, com essa equipe que está vindo nos ajudar. A gente está aprendendo, amadurecendo e ampliando as ideias de tudo o que podemos fazer pros nossos pacientes, que procuram a fundação e, ao mesmo tempo, a gente tá olhando também o lado do nosso servidor. A humanização é isso, que é eu me reconhecer enquanto (ser) humano, com as minhas limitações, assim como as qualidades, justamente pra gente poder trabalhar nesse ponto. Daquilo que eu preciso me desenvolver e melhorar”, avalia Paulo.

Mudança de atitudes

Durante a explanação, da qual participaram servidores de diversos setores da Fuham, a assistente social Graça Cardoso, tratou dos conceitos da política de humanização, incentivando que cada um apresentasse sua visão do assunto.

Uma ideia convergente é de que a humanização implica em uma mudança geral de atitudes, envolvendo todos os setores, ambientes e processos. Graça Cardoso afirma que a humanização vai resgatar isso: “a nossa postura”, diz a assistente social.

“O nosso trabalho é desenvolver uma prática humanizada, que a gente possa se reconhecer, de fato, como uma pessoa que vai desenvolver um trabalho dentro da unidade (de Saúde). Porque nós entendemos que não basta ter só a técnica. Mas saber como a gente vai acolher (o paciente). Nós temos trabalhado a questão do acolhimento. De saber como vamos acolher essa pessoa que já chega adoecida, já chega com uma vulnerabilidade. Dar todo o encaminhamento para uma melhoria do estado clínico dessa pessoa”, afirma Graça.
Educação Permanente e Humanização

As Políticas de Educação Permanente e Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) são um conjunto de diretrizes e ações que buscam promover a formação e capacitação continuada dos profissionais de saúde, além de estimular a humanização do atendimento e valorização dos trabalhadores da saúde.

O processo contínuo de aprendizagem e troca de conhecimentos, a Educação Permanente e Humanização busca aprimorar a prática profissional e a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população. Os NEPSHUs são responsáveis por promover e coordenar ações de educação permanente em saúde, além de estimular a humanização do atendimento e a valorização dos profissionais de saúde.