No Amazonas, a Cigás é pioneira no uso do método não destrutivo, moderna técnica de construção de gasodutos
Até 2026, a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) espera superar a marca de 26 mil unidades consumidoras de gás natural. Para atender esta demanda crescente, a concessionária tem investido recursos próprios na expansão da rede de gasodutos com obras em diversos pontos de Manaus. Com o ritmo acelerado das obras, a Cigás também avança na melhoria de processos de construção visando mitigar impactos à pavimentação de ruas e à mobilidade urbana da cidade.
A concessionária planeja construir, somente em 2022, mais 38 quilômetros de rede de distribuição de gás natural (RDGN). A expectativa é que a Companhia chegue ao fim do ano com uma rede total de 220 quilômetros. Para tanto, conta com moderna técnica de construção de infraestrutura subterrânea de gasodutos, conhecida como método não destrutivo.
A Cigás é pioneira no uso desta técnica no estado. O método consiste na abertura, a cada 150 metros aproximadamente, de pequenas “janelas” no piso asfáltico onde é feito um furo direcional com uma máquina do tipo perfuratriz, eliminando a necessidade de grandes escavações. Após isso, ocorre a instalação da rede de tubulação de aço ou de polietileno de alta densidade (PEAD) – a depender do nível de consumo e natureza dos usuários da área.
Em seguida, é realizado o serviço de recapeamento asfáltico, com a aplicação de asfalto a frio (provisório) ao término do serviço executado a cada dia e após conclusão das obras em determinada localidade, é feita a aplicação do asfalto definitivo, seguindo padrões de pavimentação de alta qualidade, conforme orientações da Prefeitura de Manaus.
De acordo com o diretor-presidente da Cigás, René Levy Aguiar, considerar todas as questões envolvidas, no decorrer da construção das obras, é uma grande preocupação. E de maneira a reduzir o máximo de impacto possível no pavimento de ruas e avenidas, a Companhia adotou este método de construção, que se adequou perfeitamente à natureza da obra da Companhia.
A fim de evitar maiores transtornos ao trânsito da cidade, grande parte das obras da Cigás é realizada no período noturno, das 22h às 5h da manhã. A Companhia conta com o apoio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) para auxiliar na mitigação dos impactos ao trânsito na região onde estão sendo executadas as intervenções. Ao longo deste ano, as obras da Cigás abrangerão os bairros Alvorada, Chapada, Distrito Industrial, Dom Pedro, Parque 10, Planalto, Lago Azul e trechos específicos da avenida Torquato Tapajós.
“Têm locais em que os moradores nem sabem que a Cigás está executando obras, porque quando passa no início da noite após o trabalho, a obra ainda não começou, e quando sai para trabalhar, logo pela manhã, já está tudo com asfalto e limpo”, comentou o diretor técnico-comercial da Companhia, Clovis Correia Junior.
Planejamento integrado
O planejamento de obras de expansão da rede de distribuição de gás natural canalizado é submetido com antecedência aos órgãos competentes, das esferas estadual e municipal, para obtenção de anuências e autorizações.
A Cigás tem avançado no alinhamento da agenda de obras junto à prefeitura, de maneira que a expansão da rede de distribuição de gás esteja em conformidade com o cronograma de pavimentação de ruas do município. Segundo o diretor técnico-comercial, a Companhia é membro-fundadora do Comitê de Obras Públicas Integradas (COPI), composto pelas instituições que atuam com atividades de infraestrutura que exijam intervenção nas vias.
Tecnologia avançada
O uso deste método de construção requer investimento em tecnologias específicas. Uma delas é o georadar, utilizado para detectar objetos e estruturas que estejam sob a superfície do solo, por meio do qual é feita a composição do mapeamento de interferências. Além disso, para a realização das obras, é necessário o cumprimento de uma série de padrões normativos nacionais e internacionais de segurança.