Visando minimizar os possíveis efeitos decorrentes da cheia do rio Negro, o Governo do Amazonas, por meio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), apresentou, na última semana, à Defesa Civil da capital o relatório de monitoramento realizado nos residenciais do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim).

O relatório é resultado do monitoramento técnico realizado nos residenciais do programa, que visam a coleta de dados e informações para criar ações preventivas, caso o pior cenário do pico de cheia se concretize. As visitas foram feitas nos residenciais construídos pelo Prosamim em suas três etapas, como os parques residenciais Gilberto Mestrinho, São Raimundo, Mestre Chico I, Jefferson Péres, Manaus, Cajual, Liberdade e Cachoeirinha.

Durante a apresentação, na sede da UGPE, os subcoordenadores dos setores Social, Ambiental, Engenharia, Planejamento e Institucional da puderam expor os resultados do levantamento, assim como apresentar as sugestões para medidas de contingência emergenciais, de acordo com as projeções do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que prevê a subida do nível das águas do Rio Negro até 30,50m.

Nas sugestões apresentadas junto à Defesa Civil municipal, a UGPE recomenda a formação de uma força-tarefa multidisciplinar com a participação de órgãos do Estado e Prefeitura; criação de um Plano de Ações Emergenciais, construção de barreiras de contenção, construção de passarelas nas áreas dos blocos habitacionais, levantamento técnico nos residenciais atingidos e adoção de medidas sanitárias.

A reunião é fruto de parceria e de um fortalecimento institucional entre a UGPE e a Defesa Civil. De acordo com o secretário executivo da Defesa Civil do Município, Coronel Fernando Paiva, o alinhamento entre os órgãos mostra o trabalho em conjunto em prol das comunidades atendidas pelo programa.

“O principal objetivo é o fortalecimento das instituições. Hoje nós somos verdadeiramente mais fortes, e não se pode fazer mais nada senão estiver tudo devidamente integrado”, elucida o secretário.

O coordenador executivo da UGPE, engenheiro Marcellus Campêlo, afirma que a parceria do Prosamim com a Defesa Civil é histórica.

“As ações do Prosamim sempre caminham lado a lado com a Defesa Civil. Na maioria das vezes que o nosso social vai atuar nos cadastros para os reassentamentos, as moradias já possuem o identificador da Defesa Civil, ou seja, os dois órgãos atuam com famílias em áreas de risco e em situação de vulnerabilidade social”, afirmou Campêlo.

O coordenador ressalta que a reunião serviu para que a Defesa Civil tivesse acesso aos dados do levantamento sobre os impactos das cheias nos residenciais do Prosamim; bem como ao número de famílias que se encontram em área de intervenção do programa no Igarapé do 40, e que possuem previsão de atendimento pela Defesa Civil.