A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) realizou nesta quinta-feira, 15, o 1⁰ Workshop de Notificações Imediatas de Ocorrências Zoosanitárias. Com o evento, além de intensificar as medidas de defesa sanitária animal, a Adaf também contribui com a saúde pública, inclusive na prevenção de novas pandemias, uma vez que algumas zoonoses podem também acometer humanos, como é o caso da Influenza Aviária e da Doença de Newcastle

Organizado pelo setor de Epidemiologia/Gerência de Defesa Animal da Adaf, o workshop totalmente virtual foi acompanhado por aproximadamente 200 médicos veterinários, professores e alunos de faculdades de medicina veterinária e profissionais de diversas áreas em várias partes do País. Todo o conteúdo do workshop ficará disponível no site da Adaf, www.adaf.am.gov.br, e também poderá ser acessado pelo canal da agência no YouTube. O certificado aos participantes serão enviados por e-mail. 

A auditora fiscal agropecuária federal Daniela Pacheco de Lacerda, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ministrou a palestra “Fluxo de Notificação de Doenças – SISBRAVET”, em que ressaltou que qualquer cidadão, desde o produtor até profissionais privados, pode notificar a suspeita de zoonoses por meio do site gov.br/agricultura/pt-br/notificacao.

O notificante é encaminhado a um formulário intuitivo e o Serviço Veterinário Oficial (SVO) tomará as providências adequadas de acordo com o caso. A auditora destacou o papel decisivo da situação sanitária para toda a conjuntura econômica do estado e do País. “Vemos o agronegócio brasileiro despontando, o que é reflexo do trabalho de muita gente, de uma cadeia inteira em que cada um tem um papel fundamental”, disse.

Na segunda palestra, o professor doutor médico veterinário Alexandre Alberto Tonin, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), falou sobre “Doenças de Notificação Obrigatória Envolvendo Principais Síndromes Neurológicas em Herbívoros”.

Já o professor Felipe Faccini, do Ifam – doutor em Higiene Vet e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Anomal (POA) – tratou de “Doenças de Notificação Obrigatórias Envolvendo Principais Síndromes Nervosas e Respiratórias em Aves”.  Ele ressaltou o peso que a avicultura tem no estado, já que o Amazonas responde por mais de 56% da produção de ovos na região Norte, sendo que Manaus já tem a 15ª maior produção de ovos no Brasil. Daí a necessidade de manter rigoroso controle da sanidade dos animais para que a atividade continue crescendo no estado. “Quando todos trabalham juntos, a gente se ajuda e todos contribuem com a sanidade animal”, finalizou.